Encontro Nacional do Crea Junior, que aconteceu no Recife, contou com a cerimônia de troca de gestão para o período de janeiro a dezembro de 2023
Durante dois dias, estudantes e profissionais recém formados das engenharias, Agronomia e Geociências ouviram especialistas sobre tecnologia. Inovação, sustentabilidade, mundo digital, diversidade e responsabilidade social. O VII Encontro Nacional do Crea Júnior (Enac), que aconteceu pela primeira vez no Recife, na sexta (4) e sábado (5), com o tema Tecnocultura: a influência da tecnologia na construção cultural, o Enac reuniu um público de 160 pessoas, no Recife Praia Hotel, em Boa Viagem.
No último dia do Enac foi realizada a cerimônia de mudança de gestão do Crea Júnior, que passará a ser coordenado, de janeiro a dezembro de 2023, pela bacharel em engenharia química Ingrid Luiza Reinehr e o engenheiro civil e estudante de engenharia mecânica Carlos Henrique Fortunato. A agrônoma Luana Matos e a engenheira química Beatriz Farias se despediram com um balanço da gestão e troca de experiências com o público sobre liderança.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Adriano Lucena, provocou estudantes e recém-formados, que fazem parte do Crea Júnior, a encararem o desafio de transformar o Sistema Confea/Crea/Mútua. “O Sistema tem que ser para todos, com todos e voltado à sociedade”, afirmou Lucena, no encerramento. Adriano Lucena ressaltou que o Sistema será cada vez mais forte, atuante e participativo, com a ajuda dos que fazem o Crea Júnior e de todos os jovens.
O conselheiro nacional Evanio Ramos (Crea-SC) abriu as atividades do segundo dia do evento, apresentando um panorama da legislação que regula as atividades do Sistema Confea/Crea. O Conselheiro disse que o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia luta para incluir o Crea Júnior na legislação, como um programa de formação de futuros profissionais. Ramos também falou sobre o apoio do Confea ao Crea Júnior.
Tecnologia
O mundo da tecnologia, inovação e empreendedorismo, além da transformação digital, foi apresentado aos estudantes e profissionais pelo, que fez a primeira palestra do dia. Araújo disse que a inovação é um fenômeno econômico, que muda coisas que pareciam sólidas na indústria ou em um produto, por exemplo. “O futuro se constrói com estratégias e inovação”, afirmou. O executivo mostrou um pouco da história, conceitos e metodologia empregados na área de software, na inovação e no mundo digital.
O superintendente do Sebrae em Pernambuco, Francisco Saboya, convidou os estudantes e jovens profissionais a pensarem um novo design urbano para as cidades, centrado nas pessoas. Saboya, que esteve à frente do Porto Digital por onze anos, abordou o tema “O papel da inovação na construção de cidades inteligentes”. Para ele, a cidade inteligente é competitiva, e isso implica em criar padrões de inovação, usando tecnologias impregnadas de futuro. “As cidades inteligentes são mais atrativas para as pessoas. Devem ser eficientes em captar e reter talentos”, defendeu.
Renata de Lima, integrante da comunidade Mulheres de Produtos propôs uma reflexão sobre como a diversidade pode impactar positivamente o desempenho de uma empresa. Segundo ela, trabalhar com esse foco, também melhora a tomada de decisões, motiva a contratação de pessoas diversas e ajuda na construção de produtos acessíveis. A gerente de produtos falou sobre vários aspectos da falta de diversidade e representatividade de mulheres, pardos e pretos, pessoas com deficiência e LGBTQIA+.
Anderson Marcolino, mestre em gestão do desenvolvimento local sustentável, que já foi diretor da ONG Engenheiros sem Fronteiras, abordou a importância da responsabilidade social para os profissionais e empresas. De acordo com o professor, as empresas estão cada vez mais se conscientizando sobre a responsabilidade que têm na comunidade onde atuam. Marcolino destacou que o conceito de sustentabilidade é amplo. Pode ser entendido a partir de uma atitude simples, como economizar energia, à referência para investidores. O professor disse que o conceito chegou à Bolsa de Valores, onde há índices de avaliação das empresas por ações que fazem pelo planeta e pelas pessoas.
Além das palestras, a edição 2022 do Enac foi uma oportunidade de conhecer cases de sucesso do programa. O Crea Júnior de Pernambuco apresentou o projeto de eventos, criado em 2020, com o objetivo de apresentar palestras e criar conexão entre os participantes. O Crea Minas Jovem trouxe a experiência de projeto de inclusão das mulheres no mercado e o combate à desigualdade. Já o Crea Junior de Santa Catarina apresentou o campeonato de robôs de sumô, o Robot Storm, voltado aos estudantes do ensino médio.
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