A turma de Engenharia de 1959 da Escola de Engenharia do Recife comemorou, na quinta-feira (26), 50 anos de formada. Para ilustrar a data, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), junto com as demais entidades das Engenharias, homenageou os profissionais dessa turma. A comemoração ocorreu no Memorial da Engenharia de Pernambuco, antigo prédio da Escola de Engenharia, e contou com a presença do presidente do Crea-PE, José Mário Cavalcanti, do vice-presidente do Conselho, Maurício Pina, e do superintendente Osvaldo Fonsêca. À noite foi celebrada uma missa em ação de graças, na igreja de Boa Viagem, no Recife. O Conselho pernambucano aproveitou as comemorações e entregou uma placa de homenagem ao conselheiro e 2º vice-presidente do Crea-PE, engenheiro civil Norman Costa, formando da turma de 1959. Para o presidente do Crea-PE, José Mário Cavalcanti, Norman é uma referência tanto para os estudantes como para os profissionais. “Ele não é somente um engenheiro exemplar, mas um ícone profissional da atualidade, pois representa a retidão, profissionalismo, competência e serenidade ao dirigir as entidades representativas da nossa engenharia”, disse o presidente, completando sentir-se honrado, em nome da diretoria do Conselho, homenageá-lo. Durante seus 50 anos de profissão, Norman prestou diversos serviços à sociedade. Ele participou dos projetos da construção dos reservatórios de Sobradinho (BA) e de Itaparica (BA), da usina geradora Boa Esperança (PI), além de ter contribuído nas secretarias de Administração do Estado e de Obras da Prefeitura do Recife. “Estou muito feliz e orgulhoso, foram 50 anos de muita experiência e muito ganho pessoal”, destacou o engenheiro. Norman Costa foi presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco (Senge-PE), vice-presidente do Clube de Engenharia e membro atuante no Conselho. Segundo Norman Costa, será dada continuidade ao trabalho pelo bem-estar social. “A ideia é continuar prestando serviços à sociedade, seja no mercado de trabalho ou através das entidades”, afirmou Costa. O engenheiro assistiu a diversas transformações na sociedade. Entre elas, a instalação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) até o recrutamento de engenheiros para trabalhar na Petrobras e a construção de Brasília. “O mercado absorvia todos os profissionais. Era um tempo de real desenvolvimento”, lembrou Norman. Mas ao longo de 50 anos de profissão nem tudo são flores. Ele lembra também a época das privatizações, no Governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando a iniciativa privada demitiu um grande número de engenheiros. Sobre tecnologia, o conselheiro não acredita que esse recurso tenha sido responsável pela redução do mercado de trabalho. “As escolas passaram a formar uma quantidade muito maior de profissionais. Também perdemos espaço nas privatizações e, por um tempo, a economia brasileira ficou estagnada”, lembrou. Confiante, Norman Costa prevê, em breve, um salto no desenvolvimento pernambucano, a partir da instalação de grandes empresas, como a Refinaria Abreu e Lima e do Estaleiro Atlântico Sul, somente possível, devido à consolidação do Porto de Suape. Na opinião do presidente do Clube de Engenharia de Pernambuco, Alexandre Santos, Norman Costa é um exemplo para todos os engenheiros do Estado. “Existem todas as razões para homenagear Norman Barbosa Costa. Ele faz Engenharia junto com o humanismo. É exemplo de vida e de amigo”, concluiu Santos.