Série dividida em seis episódios traz histórias de conselheiras do Crea-PE e fala da participação feminina na engenharia
A série “A voz é delas” é um sucesso nas redes sociais do CREA-PE. Na manhã desta segunda-feira (15), a produção já havia atingido a marca de 4.591 visualizações. A série foi pensada e realizada para homenagear o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de Março, tendo como propósito contar um pouco da trajetória de seis conselheiras titulares do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco.
Os vídeos começaram a ser veiculados no dia 8 de março. O último da série foi postado no dia 13 deste mês. Além dos desafios das mulheres no exercício da engenharia, “A voz é delas” também mostra a força e a coragem que cada uma delas tiveram para superar obstáculos como o machismo e o preconceito, presente em toda a sociedade.
A série
Eloísa Moraes
No vídeo de estreia, conversamos com a engenheira civil Eloísa Moraes, que é servidora pública na Autarquia de Urbanização do Recife (URB). Formada desde 1985, pela UFPE, ela relembra que escolheu a engenharia civil por influência do pai. Porém, na universidade, encontrou poucas mulheres no curso. “Quando entramos na engenharia encontramos alguns entraves. Alguns colegas e até mesmo a sociedade não aceitam suas opiniões por vir de uma mulher”, conta Eloísa Moraes, no vídeo.
Roseanne Araújo
A engenheira eletricista Roseanne Araújo é a personagem do segundo episódio. A servidora da Chesf, que trabalha com proteção de sistemas, destaca como a mulher lida com um campo tão associado ao ambiente masculino. Além do desafio de ser mãe e precisar passar dias longe de casa. “Desde o banheiro, até o local pra dormir. Os homens se submetem a determinadas situações que para mulher é mais incômoda. Na engenharia, o pessoal que fica em construção de subestação, construção de linha de transmissão, precisa passar meses fora de casa. Para as mulheres isso é mais difícil, principalmente quando têm filhos”, comenta Roseanne Araújo.
Magda Simone Cruz
Formada há 15 anos em engenharia de pesca pela Universidade Rural de Pernambuco, a cearense deixou a terra natal para estudar no Recife. E por aqui ficou. No vídeo, a empresária relembra as barreiras que teve para implementar os conhecimentos adquiridos na universidade. “Havia uma resistência para adotar a limpeza dos comedouros dos camarões, por exemplo”, conta Magda Simone. A engenheira de pesca propôs fazer o processo num viveiro e no outro não. E ela conta que o resultado provou que ela tinha razão. O compartimento limpo apresentou melhor performance em comparação ao não limpo.
Cláudia Alcoforado
A engenheira civil Cláudia Alcoforado traz o DNA da educação. Filha de professor, Cláudia dedicou a maior parte da carreira à docência, na Escola Politécnica de Pernambuco. Cláudia foi testemunha da mudança de paradigmas na instituição. O curso de Engenharia Civil, há pelo menos oito anos, é comandado por mulheres. O interesse do público feminino pela área, segundo a professora, é crescente. Ela acredita que, com o passar dos anos, o mercado estará mais diversificado.
Virgínia Gouveia
Virgínia teve que ter muita perseverança para trilhar a carreira na engenharia civil. Apesar da resistência do pai, ela se ‘desmatriculou’ do curso na área pedagógica e ingressou no Técnico de Estradas. O pai achava a área exclusiva para homens, mas Virgínia se formou e logo prestou vestibular para engenharia civil. Depois de várias formações na área, passou a ser professora do IFPE e responsável pelas obras do instituto. Virgínia usa a garra feminina para construir novos profissionais de nível técnico e superior.
Giani Camara
Além de engenheira civil, Giani Camara possui especialização na área de segurança do trabalho. Assim como as demais, no vídeo, fala das barreiras enfrentadas pelas mulheres frente aos homens, na engenharia. No entanto, Giani também aponta as características femininas que ajudam a atuar na área.
Todos os vídeos estão disponíveis no Instagram do Crea-PE. Assista, curta e compartilhe!
