Crea-PE

Seminário debate os desafios para a universalização do saneamento em Pernambuco

Evento organizado pelo CTP reuniu especialistas, profissionais,gestores públicos e sindicalistas no auditório da Fiepe

O caminho e os desafios para atender a meta de universalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário em 2033 foram os temas centrais do seminário “O futuro do saneamento em Pernambuco”. Organizado pelo Comitê Tecnológico Permanente do Crea-PE, o debate reuniu especialistas, profissionais, gestores públicos, sindicalistas e representantes da sociedade civil, nesta terça (13), no auditório da Fiepe.

Os palestrantes Léo Heller,  ex-relator da ONU para os Direitos Humanos à Água Potável e ao Esgotamento Sanitário; Antônio Miranda, integrante do CTP;  Marcelo Bruto, secretário executivo de Parcerias e Projetos Estratégicos de Pernambuco, e o presidente da Compesa, Alex Campos, apresentaram um panorama da situação de cobertura do abastecimento de água e esgotamento sanitário, as experiências de privatizações e concessões, além dos desafios de Pernambuco em definir o modelo de gestão para assegurar a universalização do saneamento. O debate foi mediado por Fernandha Batista, também do CTP.

Na abertura, o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, enfatizou a importância do debate sobre o tema. “Temos uma preocupação com uma empresa de 53 anos, que é patrimônio do povo pernambucano, e precisamos debater com toda a sociedade para que se possa tomar a melhor decisão sobre o futuro”, afirmou Lucena. O presidente da Fiepe, Bruno Veloso, também destacou a importância do debate, afirmando “que as questões sobre água potável e saneamento básico são desafiadoras.”

Heller destacou os impactos e riscos dos modelos de privatizações sobre os direitos humanos. “O Brasil está na contramão da maioria dos países que está revertendo as privatizações. Precisamos de políticas públicas que deem prioridade ao acesso à água”, afirmou.

 Já Antônio Miranda ressaltou as restrições e desafios técnicos para a universalização. Ele apontou algumas alternativas, como a reestruturação da Compesa e destacou a preocupação do Crea-PE em fomentar o debate. 

De acordo com Alex Campos, a Compesa não será privatizada. “Não podemos abrir mão da Compesa, que continuará sendo uma empresa pública em qualquer modelo”, afirmou. Segundo o secretário de Parcerias e Projetos Estratégicos de Pernambuco, o modelo discutido para a companhia pernambucana é de uma concessão parcial. “A estratégia do Estado é a de captação de recursos públicos e atração de investimentos privados”, completou.

Pular para o conteúdo