Evento, que acontece na sexta-feira (28), com apoio do Crea-PE, na sede da Secretaria Regional do Trabalho, no Espinheiro, alerta para a importância do tema, como direito e princípio fundamental para os trabalhadores
Somente em 2022, foram registrados 13,5 mil acidentes de trabalho, em Pernambuco, com 59 óbitos de trabalhadores formais. Números como esses mostram a importância de investir em segurança e na saúde do trabalhador. E chamam atenção também para o Abril Verde, movimento que busca sensibilizar e conscientizar a população sobre o tema.
Dentro desse propósito, a Associação de Engenheiros de Segurança do Trabalho do Estado de Pernambuco (Aespe) está promovendo, com apoio do Crea-PE, o seminário “Segurança e saúde no trabalho como direito e princípio fundamental”. O evento acontece nesta sexta-feira (28), na Superintendência Regional do Trabalho, na Avenida Governador Agamenon Magalhães, 2000, Espinheiro. O credenciamento começa a partir das 14h30.
O seminário terá dois talk shows. O primeiro bate papo será com Joseline Carneiro Leão e convidados sobre o tema “Acidentes e doenças relacionadas ao trabalho: a visão dos trabalhadores”. Em seguida, o engenheiro de segurança do trabalho e diretor da Aespe, Audenor Marinho, vai apresentar “A responsabilidade sobre questões de SST em obras públicas”. As inscrições podem ser feitas aqui.
A presidente da Aespe, Giani Câmara, disse que a associação sempre participa de eventos que tenham o compromisso de congregar os profissionais da Engenharia de Segurança do Trabalho, para tornar o ambiente laboral seguro, saudável e livre de riscos para o trabalhador. Segundo a presidente, o evento deve contar com a participação de um público formado por engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, advogados, juízes e profissionais ligados à área trabalhista e de gestão de pessoas.
Segundo Audenor Marinho, o evento também faz parte da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT 2023), realizada no dia 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. “O evento ocorre em paralelo a diversos outros em todo o país, como parte das iniciativas prevencionistas voltadas à redução dos acidentes e doenças do trabalho no Brasil”, completa.
O movimento Abril Verde foi instituído, em 2003, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A referência foi a morte de 78 mineiros, em 28 de abril de 1969, durante a explosão em uma mina de carvão, no estado da Virgínia, Estados Unidos. O vice-presidente da Aespe, Ronaldo Borin, explicou que, somente em 2022, a OIT decidiu que todos os estados membros da organização deveriam se comprometer a manter um ambiente de trabalho seguro e saudável como direito fundamental do trabalhador.
Borin acredita que as estatísticas sobre acidente de trabalho e danos à saúde do trabalhador são suficientes para alertar sobre a necessidade de se fazer um movimento forte, como o Abril Verde, para a adoção de um ambiente seguro. Segundo ele, o Observatório Digital do Ministério Público contabiliza 6,9 milhões de acidentes de trabalho no Brasil, com 26.200 mortos, entre 2012 e 2023. O dado não leva em conta os trabalhadores informais e as subnotificações pelas empresas.