Terceiro encontro será coordenado pelo Crea-PE, no formato híbrido, com a parte presencial realizada no Recife Praia Hotel, no Pina, das 9h às 18h
A 3ª Reunião da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal do ano acontece de 4 a 6 de agosto, sob a coordenação do Crea-PE. O encontro, em função da pandemia, será no formato híbrido, com uma parte presencial e outra virtual. Na pauta de discussão, o tema do desmatamento da Amazônia, com destaque para a diferença entre os atos ilegais e ações responsáveis, ganha destaque no encontro.
A parte presencial da reunião, com um limite de 30 participantes, acontece no Recife Praia Hotel, no Pina, com transmissão em tempo real para os participantes virtuais, das 9h às 18h. As reuniões acontecem trimestralmente e esta, a terceira do ano, está sendo sediada por Pernambuco. As duas primeiras foram em Brasília e a quarta e última de 2021 também será na capital federal.
O coordenador nacional da Câmara Florestal, Antônio José Figueiredo Moreira, ressalta que estes encontros são para fortalecer a profissão dentro dos próprios conselhos regionais. Ele exemplifica que em Pernambuco a engenharia florestal está com a câmara desativada no Crea-PE por falta de representantes, sendo incorporada à Câmara de Agronomia. “É importante para a profissão ter sua própria câmara atuando por ela”, reforça Moreira.
O coordenador da Câmara de Agronomia do Estado, Everson Batista, que está na coordenação do evento, explica que os encontros são também para discutir assuntos da engenharia florestal, das melhorias para a profissão, com as garantias de boas práticas e reconhecimento da categoria.
Na questão do desmatamento, por exemplo, é importante separar as ações ilegais das programadas. “O engenheiro florestal não é vilão. Ao contrário. Ele é responsável pelo manejo florestal com responsabilidade, de forma programada. Se forem retiradas árvores de uma área, com avaliação técnica, só pode haver uma nova retirada 30 anos depois”, explica Everson Barbosa.
PROGRAMAÇÃO
O primeiro dia do encontro começa com a aprovação da súmula da segunda reunião, realizada em maio passado, e também aprovação da pauta deste terceiro encontro. Aprovadas as pautas, segue uma sequência de informes do conselho federal, câmaras regionais e entidades regionais. Finalizando os trabalhos na parte da manhã, é feita a divisão dos grupos de trabalho.
O período da tarde já inicia com a palestra “Novas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia – Conteúdos e Competências”, proferida pelo professor Vanderli Fava de Oliveira. Na sequência, tem a apresentação da sistematização dos informes dos representantes Nacionais, que será feira pelo coordenador adjunto CCEEF, o conselheiro Alberico Martins Mendonça.
Logo depois, o professor da Universidade Federal do Paraná, Mauricio Balensiefer, falará sobre o “Manejo Florestal sob a ótica do segmento envolvido com a temática ‘Araucária’ no Sul do Brasil”. Simultaneamente, entre 17h às 18h, os grupos de trabalho vão discutir diversos assuntos. Entre os temas abordados, levantamento do funcionamento das câmaras especializadas regionais e de comissão de ética no decorrer da pandemia Covid 19.
Além da elaboração de conteúdos mínimos de formação profissional para atribuições profissionais na prestação de serviço e atuação em processos relacionados ao ordenamento florestal e controle do uso de matéria-prima florestal, definidos pelas Leis nº 12.651, de 2012 (Código Florestal) e nº 9.605, de 1998 (Lei de Crimes Ambientais).
O segundo dia é reservado à apresentação de propostas e mecanismos que beneficiem a categoria. “Tem concursos públicos, por exemplo, que abrem vagas para técnicos ambientais, com a remuneração de dois salários mínimos, mas com a exigência de que seja um engenheiro florestal. Se é engenheiro florestal, é obrigatório para o piso salarial estabelecido. Acionamos o Confea para interceder em casos assim”, explica Everson Batista.
O terceiro dia vem com a apresentação da campanha de comunicação do Manejo Florestal , que será feita por Felipe Pasqualini, da Gerência de Comunicação do Confea. Na sequência, tem apreciação e aprovação das propostas feitas pelos grupos de trabalho. Depois, o encontro será encerrado já de olho na programação do próximo, em Brasília.