As ações de Engenharia Pública desenvolvidas pela Bahia foram apresentadas na tarde da última sexta-feira (06) pelo presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Marco Amigo, ao Colégio de Presidentes dos Creas do Nordeste. Na ocasião, o gestor baiano mostrou o cenário de Salvador, que é composto por 70% de construções irregulares, e chamou a atenção dos colegas de outros estados para a necessidade de os profissionais do Sistema estarem atentos à questão para o bem da profissão e da sociedade.
Amigo destacou ainda o trabalho de sensibilização dos órgãos públicos e empresas, por meio de visitas e a realização do I Seminário de Engenharia Pública da Bahia, que aconteceu no dia 15 de junho, com o objetivo de conscientizar a classe política, empresarial e pública para o problema crônico. O déficit habitacional no Estado é da ordem de 700 mil moradias, 100 mil apenas em Salvador.
De acordo com o presidente do Crea-BA, o primeiro bairro a ser trabalhado em Salvador deve ser o Calabar, pois é a localidade mais próxima da UFBA e a que mais encaminhou agentes da comunidade ao conselho. “Vamos expandir esse projeto em todo o estado, mas para isso, é preciso conquistar importantes apoios”, enfatiza.
Para não incentivar a favelização, o presidente regional do Ceará, Victor da Frota Pinto, afirmou que vem desenvolvendo no seu Conselho um trabalho de regularização dos imóveis em parceria com a Assembleia Legislativa Cearense, mas considera a falta de recursos como um grande empecilho.
O gestor do Crea-PE, José Mário Cavalcanti, considera o projeto de Engenharia Pública do Crea-BA como “uma importante via de aproximação com a sociedade” e informou que no estado pernambucano, durante os desastres provocados pelas chuvas, foi realizado uma ação pelos profissionais por meio de smartphones, que serviu para o estado montar um planejamento para as áreas atingidas. “Temos condições de fazer esse trabalho para facilitar a mobilidade interna e a urbanização das cidades. Existe morosidade em relação aos recursos. Acho que caberia uma mobilização nossa no colégio dos presidentes e, consequentemente, no Congresso Nacional, visando a regulamentação da Lei 11.888. Parabenizo o presidente e pretendo copiar esse projeto”.
O coordenador do Colégio de Presidentes dos Creas do Nordeste, Jorge Silveira, sugeriu que o assunto seja explanado também pela arquiteta Rosana Opptiz na próxima reunião do colegiado, que acontecerá em João Pessoa. O projeto de Engenharia Pública da Bahia deverá ser apresentado em um evento do Crea-PE, que será realizado no dia 16 de julho, em Petrolina.
Por Nadja Pacheco
Ascom Crea-BA