Programa é o último desta temporada. A próxima já está sendo formatada, com espaço para os profissionais do sistema se apresentarem
O último programa desta temporada do Sextou no Crea com ART vem eclético. Um produtor cultural com larga experiência, um jovem músico e uma artesã. Na pauta do programa, experiências e vivências dos três participantes, regado a informações, histórias, boa música e entrega na execução de sua arte e profissão. Os convidados são Flávio Domingues (engenheiro civil e produtor cultural), Taciana Santos (engenheira agrônoma e artesã) e Arthur Rocha (estudante de engenharia da computação e músico).
Três perfis que mostram a diversidade do programa. Flávio Domingues, inclusive, foi o apresentador da primeira versão do Sextou, quando ainda, no auge da pandemia do Novo Coronavírus, os convidados se apresentavam de casa. Com a reformulação do projeto, os programas são realizados no estúdio Cine TV Nordeste, com a apresentação da jornalista Danielle Ferro e conta com o patrocínio da Copergás. A transmissão acontece a partir das 19h, pela TV Crea-PE, no YouTube.
Domingues promete falar das suas experiências na área de produção cultural, com destaque para os anos 2000. No currículo, ele tem a produção de 14 CDs com músicos de expressão nacional, cinco documentários e a digitalização do jornal Diario de Pernambuco, só para citar alguns dos seus trabalhos. Ele lembra que a primeira produção, com o projeto de captação de recursos, foi uma peça de teatro de amadores. Sempre em movimento, esse engenheiro também tem outras graduações, como advogado, é especialista em Relações Internacionais e analista de Sistemas.
O engenheiro conta que foi sócio do compositor e músico Carlos Fernando e juntos tinham a empresa Asas da América. “Carlos Fernando abriu as portas para mim nesta área”, reconhece o produtor cultural. Na conta, a aprovação de diversos projetos no Funcultura e Lei Rouanet, mostras internacionais. “Levei Jota Borges para fazer uma mostra em Zurique e nessa mostra, Jota Borges conheceu as pessoas que indicaram a obra dele, A Vida na Floresta, para entrar no calendário da ONU de 2002, que celebrava os 10 anos da Rio 92”, informa Domingues.
Representando a força feminina nas engenharias, tem a engenheira agrônoma e artesã Taciana Santos. Incentivada pelo pai, ela escolheu a engenharia como futuro. Cursou primeiro a civil, mas não seguiu adiante. Mudou para a engenharia agronômica e foi nela que se encontrou de verdade. Fez mestrado na área de engenharia agrícola e quando terminou, passou na seleção simplificada para a Secretaria de Meio Ambiente.
Já o artesanato entrou mais cedo na sua vida. Aos 9 anos, teve as primeiras aulas de crochê, matriculada pela mãe. Fez alguns cursos e depois começou a executar as tramas só olhando para outras pessoas fazendo o crochê. O artesanato foi deixado de lado um pouco para se dedicar à carreira de engenheira agrônoma.
Mas aí os amigos começaram a pedir que ela fizesse algumas peças sob encomenda. E hoje a rotina dela é dividida com o trabalho e a família. O artesanato ocupa os finais de semana de Taciana Santos. “Eu trabalho, com feltro, meu carro-chefe, mas eu faço também macramê, crochê”, enumera a artesã. Ela lembra que aprendeu essas técnicas olhando, principalmente o feltro. “Eu olhava uma peça e reproduzia. Também as pessoas me traziam o modelo e queria uma reprodução e eu fazia”, conta a artesã, que não divulga seu trabalho pelas redes sociais pela falta de tempo para dar conta dos pedidos. “A divulgação é no boca a boca mesmo”, assegura ela.
A terceira ponta dos convidados é um mergulho na música. Com um repertório baseado na música popular brasileira, com especial de artistas locais, Arthur Rocha teve seu primeiro contato com a música no ensino fundamental 1, onde tocava flauta doce. Depois disso, só quando a mãe insistiu para que ele fizesse aulas de violão há pouco mais de três anos. Não só gostou da experiência como ficou com o professor por um ano.
Foi nesse período que começou a formar seu gosto musical. “Confesso que não era de ouvir muitas músicas, mas aprender a tocar violão ampliou meu horizonte musical. Descobri que sou fã da MPB e de músicas regionais. Principalmente da produção local, que tem grandes nomes”, afirma Arthur Rocha, que promete esse tipo de repertório na sua apresentação da sexta-feira.
Por gostar muito de matemática, a área de exatas era um caminho natural na escolha profissional. A engenharia da computação, segundo ele, conversa com diversas áreas da engenharia. A escolha também levou em conta o mercado de trabalho, que oferece opções de vagas. Com a volta às aulas presenciais, o futuro engenheiro assegura que está com fôlego renovadíssimo para o curso.
A próxima temporada do Sextou já está tomando forma, com a seleção dos profissionais do sistema. Tem algum talento artístico e quer se apresentar? Essa é a hora de entrar em contato e garantir sua vaga. Só lembrando: no programa, os profissionais das engenharias, agronomia e geociências têm um espaço para apresentar seus talentos, seja na música, teatro, pintura, cinema, escultura, dança.
Para participar é simples. Basta entrar em contato pelo número: (81) 9 8759.1084, que também é WhatsApp. A única “exigência” é que seja das áreas das engenharias, agronomia e geociências. A apresentação será agendada conforme a programação do Sextou.
DOAÇÃO DE LIVROS
O novo formato tem também um viés socioeducativo, com a coleta de livros doados. Um mecanismo de incentivo à leitura. O projeto está arrecadando publicações de todos e quaisquer temas para doações a instituições públicas, como bibliotecas e escolas.
Os livros podem ser deixados na sede do Crea-PE, na Avenida Agamenon Magalhães, 2978, Espinheiro, Recife. Também podem ser entregues nas inspetorias do Crea, durante o horário de atendimento.
Após a arrecadação dos livros, serão definidos os locais que vão receber as publicações. O Crea-PE fará a entrega e informará a destinação dos livros. Não deixe de contribuir. Conhecimento é melhor quando é partilhado.