Os conselheiros André Melo e Rodolfo Ragel, ambos Engenheiros de Pesca, participaram entre os dias 13 a 16 novembro, da Feira Nacional de Camarão – FENACAM 2018, no Centro de Convenções de Natal /RN.
Os Conselheiros do CREA-PE, assistiram várias palestras, simpósio e mesas redondas, que abordavam assuntos da piscicultura e carcinicultura marinha, estuarina e lacustre, desde novas tecnologias de manejo, prevenção de doenças, aumento de produção, tipos de sistemas de cultivo, situação econômica, desempenho nacional e internacional do setor, até formas e condições de financiamento.
Dentre vários temas que foram abordados no evento, foi apreciado a solicitação, junto ao recém-eleito ao governo Federal e ao reeleito governo estadual de Pernambuco, afim de iniciar uma organização do setor Pesqueiro e Aquícola (em especial a carcinicultura e piscicultura), com a participação de entidades como a Associação dos Produtores de Camarão do Estado de Pernambuco – APROCAMPE, em formação. Também se articulou a continuidade do apoio dado a carcinicultura de água doce.
O Conselheiro, André Melo, tem desempenhado ações organizacionais, principalmente no que diz respeito a carcinicultura marinha. Já o Conselheiro Rodolfo Rangel, está empenhado na carcinicultura de água doce (camarão gigante da Malásia), que apresenta um nicho de mercado específico pela sua palatabilidade, assemelhando-se ao sabor da lagosta. Para alguns autores, inclusive, pode se enquadrar como lagostim de água doce, ou camarão pitú.
Em Pernambuco, destacamos também, assim como em vários estados do país, que a atividade do cultivo de camarão marinho (cinza) vem enfrentando uma doença (vírus da mancha branca) provocando perdas de produção e baixa produtividade, fazendo com que os produtores procurem mais tecnologias e mudanças no manejo para uma convivência com o problema.
Já os entraves para a atividade de criação do camarão de água doce estão o elevado preço das pós-larvas e a oferta irregular do produto final ao mercado consumidor.
As potencialidades das atividades de produção de pescado são enormes, com direta geração de renda, emprego, oferta de alimentos e aumento da economia do estado.
Para que esse desenvolvimento aconteça, será necessário um maior apoio governamental, tanto na ampliação do quadro de técnico na extensão pesqueira e aquícola, assim como, a flexibilização e desburocratização das legislações nos licenciamentos ambientais para o setor e mais acesso ao crédito para investimento e custeio a juros baixos.
As atividades da aquicultura em Pernambuco vêm sendo apoiada pelo Sebrae, Associação dos Engenheiros de Pesca do Estado de Pernambuco AEP-PE, da Associação dos Produtores de Camarão do estado de Pernambuco, IPA e do Departamento de Pesca e Aquicultura – DEPAq da UFRPE.
Destacamos que com o desenvolvimento e o crescimento do setor da aquicultura, deve ser ampliado e intensificado a fiscalização, sobretudo a cobrança junto às Empresas e Empreendimentos que exploram o setor, sem registro no Conselho, assim com, da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART e o registro no conselho dos profissionais do sistema CREA/CONFEA, com atribuições para exercer atividades no setor aquícola exemplo dos Engenheiros de Pesca e dos Engenheiros de Aquicultura.