A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas. A ideia é promover, durante os 12 meses do ano, ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de florestas do planeta, mostrando a importância do manejo sustentável das matas, da conservação e do desenvolvimento das florestas em todo o mundo para evitar prejuízos futuros, como o agravamento das mudanças climáticas e a perda de biodiversidade. A inauguração oficial do Ano Internacional das Florestas será realizada nos dias 2 e 3 de fevereiro de 2011, em Nova York.
Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), as florestas representam 31% da cobertura terrestre do planeta e servem de abrigo para 300 milhões de pessoas de todo o mundo. Elas garantem, de forma direta, a sobrevivência de 1,6 bilhão de seres humanos e de 80% da biodiversidade terrestre. Em pé, as florestas são capazes de movimentar cerca de 327 bilhões de dólares todos os anos, contudo atividades que se baseiam na derrubada das matas acontecem em todo o mundo.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) propôs uma série de ações para que o Ano Internacional das Florestas atinja seu objetivo. Entre elas, a criação do logotipo, com o tema “Florestas para o povo”. A imagem, aprovada pelo conselho de publicações das Nações Unidas, visa a exaltar o papel das pessoas na gestão, conservação e exploração sustentável das florestas. Entre outras ações, serão realizados concursos artísticos, cinematográficos e de fotografia on-line, para homenagear aqueles que expressem por meio das artes conteúdos relacionados à campanha. Também haverá produção de curta-metragem e anúncios que serão distribuídos em todo o mundo, em diversos idiomas, a serem transmitidos pela televisão e por outras mídias.
O Brasil tem um papel importante nesse contexto, já que possui, em seu território, grande parte das florestas do mundo, incluindo diversos biomas: amazônia, cerrado, caatinga, mata atlântica, pantanal e pampa. A Amazônia se estende por nove estados brasileiros: Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Amapá, Maranhão, Tocantins e parte do Mato Grosso e representa quase metade do território nacional (49,29%, dos 8.514.877 Km2, segundo dados do mapa de biomas do Brasil, produzido em 2004, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE). Isso corresponde a 60% dos aproximadamente 5,5 milhões de Km2 da área total da Floresta Amazônica, a maior do planeta. Maior floresta úmida e com maior biodiversidade, a Amazônia estende-se por mais oito países: Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.
Encontro de Lideranças
Para contribuir não apenas com os debates acerca do novo código florestal, mas também com ações planejadas para contribuir com o Ano Internacional das Florestas, o Sistema Confea/Crea pautou o tema “O Cenário Agro-Florestal Nacional e Internacional” no Encontro de Lideranças de 2011, evento que reunirá lideranças da área tecnológica de todo o país, de 21 a 26 de fevereiro, em Brasília. Para falar sobre o tema, foram convidados o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto de lei que propõe mudanças no Código Florestal brasileiro, um representante do Ministério da Agricultura e um representante do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário.
* Por Mariana Silva
Assessoria de Comunicação do Confea