O presidente da Empresa de Urbanização do Recife (URB), Jorge Carreiro, apresentou o projeto da Via Mangue aos diretores e coordenadores de Comissões do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE). A reunião aconteceu na última quinta-feira (25), na Câmara de Engenharia Civil, na sede do Conselho. Orçado em R$ 482 milhões, o projeto apresenta três eixos principais: mobilidade urbana, sistema viário e habitação social. Carreiro mostrou as principais características da obra, que na sua visão é a mais significativa do ponto de vista de estruturação urbana do País. “A Via Mangue possuirá uma velocidade média de escoamento de carros em torno de 60 quilômetros por hora e não terá cruzamentos ou semáforos. Ela obedecerá todas as regras de acessibilidade dentro das normas da ABNT e uma extensa ciclovia”, destacou o presidente da URB. A construção da Via Mangue exigirá a remoção de famílias das comunidades da Beira Rio, de Jardim Beira Rio, do Pantanal, da Xuxa e do Paraíso. Segundo Carreiro, a população local será reassentada em três conjuntos habitacionais. O valor da construção das casas está inserido no montante final da Via Mangue. “A obra trará benefícios sociais e ambientais. Não iremos suprimir as áreas alagadas. Pelo contrário, vamos fazer o replantio dos mangues”, frisou Carreiro. Ainda durante a ocasião, o vice-presidente do Crea-PE, Maurício Pina, questionou sobre a qualificação da mão-de-obra para a execução dos serviços. Segundo Pina, o Estado dispõe de profissionais e empresas qualificadas para a edificação do empreendimento. O presidente Jorge Carreiro convidou os presentes a participarem de uma audiência pública para debater a viabilização da construção da Via Mangue. A audiência será realizada, na próxima quarta-feira (30), no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), no Recife.
