No Terça no Crea desta semana (28.05), a engenheira civil Karla Roberta Leão Guimarães, abordou o SiAC 2018 e a norma de desempenho NBR 15.575: necessidades e desafios. O encontro foi iniciado com a palestrante fazendo breve apresentação sobre o Senai, instituição que integra o Sistema S. Na oportunidade também mencionou a parceria que está sendo celebrada com o Crea-PE, a qual beneficiará os profissionais registrados no Sistema/Confea/Crea e Mútua, colaboradores e estudantes do Projeto Crea-JR Pernambuco.
No que se refere ao tema da palestra, Karla Guimarães preferiu iniciar sua fala sobre a norma de desempenho dividindo-a em: geral; estruturais; pisos; hidrossanitários; incêndio; durabilidade; acessibilidade e acústico.
De acordo com afirmação da palestrante, a “fama” do setor da construção era de desorganização, em virtude da falta de procedimento para o descarte dos resíduos. Na tentativa de resolver a questão, foi implantado, pelo Governo Federal, o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), com o intuito de organizar o setor da construção civil em torno de duas questões principais: a melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva.
Karla Guimarães explicou que para implantação da norma que dispõe sobre questões relativas à sustentabilidade foi associado o Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras (SiAC) que funciona como um dos projetos propulsores do PBQP-H. O SiAC é o Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras resultante da revisão e ampliação do antigo Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras (SIQ). Ele tem como objetivo avaliar a conformidade do Sistema de Gestão da Qualidade das empresas de serviços e obras, considerando as características específicas da atuação dessas empresas no setor da construção civil, e baseando-se na série de normas ISO 9001. O Sistema busca contribuir para a evolução dos patamares de qualidade do setor, envolvendo especialidades técnicas de execução de obras, serviços especializados de execução de obras, gerenciamento de obras e de empreendimentos e elaboração de projetos.
A aplicabilidade da norma e dos sistemas com vistas à organização requer conhecimentos prévios relativos à organização tais como: conhecer a organização identificando pontos fracos e fortes; os processos; as funções e responsabilidades; a política da qualidade; graus de riscos; planejamento estratégico e; alcance dos objetivos, como plano de resíduos sólidos.
O mesmo deverá acontecer quando da aplicação dos normativos para a realização dos trabalhos que resultarão no planejamento, sendo necessários ainda, conhecimentos sobre requisitos da obra, do entorno e, se possui passivos.
A palestrante citou ainda ser necessário que haja o conhecimento da especificação dos materiais por desempenho e não por marca. Apontou o Building Information Modeling (BIM) – Modelagem de Informações da Construção, como uma boa ferramenta e disse que o Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT) é importante para industrializar a construção civil que, na opinião dela, ainda é arcaica e artesanal.
Para Karla Roberta Guimarães a norma de desempenho requer manutenção e manutenabilidade, além de ser necessária a obtenção de publicações como manual do condomínio, manual do proprietário além de apontar a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) como importante fonte para consultas técnicas.