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No Dia Internacional da Floresta: conquistas e desafios

Brasília, 22 de março de 2013


21 de março: Dia Internacional da Floresta suscita novos debates em todo o país
21 de março: Dia Internacional da Floresta suscita novos debates em todo o país

Proposta pela Confederação Europeia de Agricultores, em 1971, a criação do Dia Internacional da Floresta foi concretizada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) já no dia 21 de março do ano seguinte, portanto, há 41 anos. Uma data que ganha um simbolismo extra pelo início do outono, no hemisfério sul, e da primavera, no hemisfério norte. Afirmando uma demanda ecológica que apenas se ampliaria nas décadas seguintes, seu objetivo é sensibilizar as populações de todo o mundo sobre a importância da floresta na manutenção da vida na Terra. O Sistema Confea/Crea e Mútua registra o avanço da importância da modalidade da engenharia florestal, através da criação da Coordenadoria das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal (CCEEF).


Engenheiro Florestal Fernando Castanheira no Timberland Investing Latin America Summit: avanços e limitações
Engenheiro Florestal Fernando Castanheira no Timberland Investing Latin America Summit: avanços e limitações

Na avaliação do subsecretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da   República, engenheiro florestal Fernando Castanheira, o setor florestal do país ainda encontra desafios como a sua não inclusão no Plano Plurianual do governo federal.

 

 

 

 

 

 

O comentário foi feito durante palestra no segundo dia da 6ª edição do Timberland Investing Latin America Summit, que está sendo realizado até amanhã (21/3) no Club Transatlântico, em São Paulo. De acordo com a cobertura do site Painel Florestal, este déficit será sanado diante de uma boa notícia que se aproxima: a estruturação da Política Nacional de Florestas Plantadas, prevista para julho deste ano. “O setor será incluído no próximo Plano Plurianual (PPA), ou seja, a partir de 2015. Até lá, as mudanças serão pontuais”, aponta a reportagem de Elias Luz.


Na visão do subsecretário de Desenvolvimento Sustentável, o setor precisa organizar-se para pleitear políticas específicas do governo federal e dos Estados. Estudos mostram que a participação dos fundos de pensão no setor é viável e vai acontecer. Outro ajuste próximo seria a isenção de PIS e Cofins nas áreas de resíduos florestais e ainda a implantação do seguro florestal. Fernando Castanheira sustenta que não haverá mais recursos a fundo perdido e ainda que o país reduziu 50% do seu desmatamento em 2012.


A Política Nacional de Florestas Plantadas vem sendo construída pela SAE, junto aos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário e ainda do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além da Embrapa e do Ibama. A partir de diretrizes legais como o novo Código Florestal, a construção da Política Nacional de Florestas Plantadas vem sendo fundamentada economicamente por estudos nas áreas de concessão de crédito, investimentos públicos e privados, além de outras políticas que visam à melhoria da infraestrutura, logística, energia e meio ambiente.


“Precisamos trazer o agricultor para o setor e mostrar que ele pode ter uma boa fonte de renda de longo prazo. O governo sabe disso, fará a sua parte, mas precisa do apoio da iniciativa privada porque quem tem que tocar isso é o empresariado”, comentou Fernando Castanheira, que vislumbra uma participação do setor florestal no mesmo patamar da soja.  “Queremos saber, de forma oficial, as espécies, produtos e serviços que o setor florestal quer oferecer, para que possamos promover uma gestão territorializada, a inclusão de pequenos e médios produtores rurais, a redução de impactos ambientais. Assim teremos informações suficientes para fazermos um bom planejamento, com a integração entre as políticas governamentais com as perspectivas das cadeias produtivas, tendo como consequência a agregação de valor e a implementação tecnológica”.


Coordenadoria das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal: novos tempos
Coordenadoria das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal: novos tempos

Outra iniciativa para a defesa dos biomas florestais brasileiros está sendo promovida pelo Ministério do Meio Ambiente, através do Inventário Florestal Nacional, que pretende mapear o país nos próximos anos. Ao lado da também engenheira florestal Anna Fanzeres, Castanheira foi entrevistado pelo site do Confea, em 12 de julho do ano passado, dia dedicado à profissão. Na ocasião ele manifestou que “o manejo florestal hoje é um licenciamento, não é visto nem exercido como uma obra de engenharia. Se o engenheiro florestal não for valorizado, vamos enterrar o manejo florestal. E o Confea tem um papel fundamental para cortar na carne e mostrar a cara boa da engenharia florestal do país”. Um primeiro passo neste sentido foi dado no final do ano passado com a criação da Coordenadoria das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal (CCEEF). Uma oportunidade para conhecer um pouco mais sobre a maior floresta tropical do planeta, a floresta amazônica pode ser assistir aos últimos episódios da minissérie “Amazôniadentro”, que está sendo apresentada pela TV Brasil até este dia 21. O programa vai ao ar à meia-noite.


Equipe de Comunicação do Confea

Fotos: Confea e Portal Florestal

 

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