Durante a 5ª reunião do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua, iniciada nesta segunda-feira (27), no Hotel Dorisol, em Piedade, os representantes dos Conselhos de todo o País discutiram os principais desafios e inovações da Engenharia, Agronomia e demais áreas tecnológicas. Na ocasião, o engenheiro agrônomo e presidente do Crea de Santa Catarina , Gilson José M. Galloti, propôs o encaminhamento de um documento para o Conselho Federal (Confea), que solicite ao Congresso Nacional a alteração da Lei n° 12.154/2011, que normatiza a contribuição aos conselhos profissionais.
O presidente do Crea-PR em exercício, engenheiro agrônomo Orley Jayr Lopes, classificou o assunto como urgente. “Precisamos dar celeridade a esse processo. Em breve, essa lei poderá ser um problema insolúvel para todo o Sistema”, destacou Lopes. De acordo com o que disse o coordenador do CP e presidente do Crea Sergipe, Jorge Roberto Silveira, o material será encaminhado para o setor jurídico do Confea, que irá cuidar dos trâmites legais.
Ainda durante o encontro dos líderes do Sistema, o geólogo e conselheiro federal pelo Crea-CE, João Bosco Morais, expôs o primeiro escopo de trabalho para a criação de um curso de Especialização em Gestão e Estudo do Patrimônio Arqueológico. “É crescente a procura por profissionais da área arqueológica em todo o Brasil. Quando é solicitado uma licença ambiental também é solicitado uma licença arqueológica, que só pode ser emitida por um arqueólogo”, explica. Dessa maneira, ‘se faz necessária a criação de mais cursos da área’.
Em sua fala, Bosco destacou a importância dos trabalhos arqueológicos para o desenvolvimento do Brasil. “Quando pensamos na chegada de novos investimentos, precisamos pensar em como eles irão chegar. Nesse sentido, esse curso poderá sanar o gargalo da ausência dos profissionais”, afirma. De acordo com o conselheiro, temos em todo o Brasil apenas sete cursos, sendo quatro no Nordeste, dois no Sudeste e um em Rondônia.
O presidente do Crea-PE e anfitrião da 5ª reunião do CP, José Mário Cavalcanti, chama atenção para a importância da profissão. “Para lembrarmos da importância desses profissionais não precisamos ir muito longe. Basta lembrar um pouco de quantas vezes as obras da transposição do São Francisco foram interrompidas por terem sido descobertos sítios arqueológicos. Precisamos repensar essa questão”, explica Cavalcanti.
O curso proposto pelo conselheiro federal está dividido em módulos que somam 1500 horas e está totalmente dentro das diretrizes do Ministério da Educação e Cultura (MEC). “Pretendemos fazer um curso extenso, completo. Não estamos preocupados em demorar a terminar, mas sim em fazermos um bom curso”, finalizou Bosco.
Rui Gonçalves
ASC do Crea-PE