“Sou apaixonado pelo Exército”. Assim o coronel Helvétius Marques, do 72º Batalhão da Infantaria Motorizada, expressou seu amor pelo trabalho e pelas ações desenvolvidas em prol do Meio Ambiente no município de Petrolina. O oficial tem 47 anos. Desses, 31 dedicados ao Exército Brasileiro. O piauiense seguiu carreira como oficial da Infantaria, formou-se em Direito e é um legítimo defensor da natureza. Na abertura do 3º Seminário Pernambucano de Arborização Urbana, na última quarta-feira (31), o coronel falou um pouco sobre as atividades de arboricultura desenvolvidas com raça e muita força de vontade.
“Tem gente que reclama. Vez por outra aparece um engenheiro de obra pronta. Sabe o que é isso? Vem e dá um monte de ‘pitaco’ depois de tudo pronto. Assim é fácil. Quero ver alguém tomar a iniciativa e começar. Plantar onde não chove é muito difícil, é uma luta para que a planta viva”, contou Helvétius. Dentro do Batalhão, a tropa cuida de um viveiro de 25 por 40 metros, onde se mantém, em parceria com a prefeitura do município, um banco de sementes.
VEGETAÇÃO – Petrolina está localizada numa das regiões mais castigadas pelas secas que atingem o semi-árido nordestino. Mas, a cidade mantém o maior pólo de produção de frutas do Estado, graças ao cultivo com água irrigada do Rio São Francisco. É seco e verde ao mesmo tempo. A vegetação impressiona. O clima é quente e seco, com chuvas muito escassas. A condição privilegiada vem do Rio. É uma cidade que se beneficia também por sua posição geográfica, equidistante de três capitais nordestinas: Recife, Fortaleza e Salvador. Nada mais justo que sediar um evento para discutir a arborização urbana, que tem como participante e parceiro o coronel Marques. Abaixo o oficial responde a algumas perguntas sobre a experiência.
Crea-PE – O início.
Cel. Marques – Quando começamos a fazer o plantio de mudas constatamos que não havia mudas nativas, apenas de Neem e Fícus. Apenas a Agrovale tinha plantas nativas. A partir daí estabelecemos uma parceria entre o Batalhão e a prefeitura para um projeto de banco de germoplasma.
Crea-PE – Quais as dificuldades encontradas?
Cel. Marques – Não tínhamos estudos sobre a caatinga, pesquisei bastante, livros, internet, mas o material sobre as espécies arbóreas é escasso. Fomos fazendo muito na base de erros e acertos, no conhecimento empírico. A caatinga tem épocas curtas para as plantas produzirem sementes. Tem que ter clima adequado, ventilado ou congelar as sementes.
Crea-PE – Quem ajudava nesse processo de manejo das mudas?
Cel. Marques – Esse era um grande desafio. Nosso pessoal do Exército não tinha expertise no assunto. Então, fizemos parcerias com a Embrapa, a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e a Universidade da Bahia (Uneb) e promovemos oficinas e workshops para qualificar a nossa mão-de-obra. E o mais importante era qualificar as pessoas para um futuro emprego quando saísse do Exército.
Crea-PE – Existe demanda?
Cel. Marques – Claro. Com essas grandes obras como transposição, ferrovia, a necessidade de profissionais com conhecimento em espécies arbóreas da caatinga é grande. Pessoas que saibam preservar e lidar com o manejo.
Crea-PE – Que conhecimentos foram esses que os soldados aprenderam?
Cel. Marques – O manejo correto, o tipo de traço, como quebrar a dormência das sementes, a conservação das sementes, entre muitas outras.
Crea-PE – Quais os tipos de mudas nativas?
Cel. Marques – Angico, umburana de cheiro e umburana de cambão, baraúna, ipê amarelo, caibrêra, pau ferro e tamburil.
Crea-PE – E qual é a proposta do Exército?
Cel. Marques – As forças militares têm também a vocação de proteção ao meio ambiente. Hoje começou a frutificar, produzimos mudas, doamos. Plantamos mudas em quatro avenidas principais. Temos tropas designadas para cuidar de cada uma delas, envolvendo soldados que são habitantes da cidade. Isso envolve familiares e sociedade. Futuramente, eles podem dizer que foram responsáveis pelas árvores existentes na cidade. Vou te contar uma história inusitada. A prefeitura falou comigo e pediu que colocássemos nas placas que ficam nas árvores o símbolo do Exército ao lado do da prefeitura. Sabe para que? Para as pessoas não destruírem.
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