O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), José Mário Cavalcanti, participou na manhã de hoje (08/08), em Brasília, do lançamento do Plano Nacional de Gestão de Risco e Respostas a Desastres Naturais e da inauguração do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad), junto com o presidente do Confea, José Tadeu da Silva. Os dois estiveram com os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, da Casa Civil, Ideli Salvatti, os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, e do Sergipe, Marcelo Deda, entre outras autoridades que prestigiaram a cerimônia ao lado da presidente Dilma Rousseff.
O plano contempla a liberação de recursos para ações de prevenção aos estragos causados nas cidades por deslizamentos de terra e enchentes decorrentes de fenômenos climáticos intensos. O plano terá quatro eixos: um de prevenção, que inclui obras em municípios mais vulneráveis, como drenagens. Outro de mapeamento, que vai fazer o levantamento de áreas de risco onde podem ocorrer deslizamentos e enchentes em cidade em todos os estados. O terceiro eixo é o de resposta, que envolve socorro, assistência, evacuação de áreas. Já a quarta linha de atuação é o fortalecimento do sistema de monitoramento de eventos climáticos.
“Devemos investir em modernização para minimizar as perdas humanas e matérias provocadas pelas catástrofes. Temos conhecimento técnico e científico para contribuir na prevenção”, disse o presidente José Mário Cavalcanti. O Sistema é parceiro do Ministério das Cidades, colaborando com grupos de trabalho que estudam como reduzir os impactos dos desastres ambientais.
O presidente do Confea destacou também que o Cenad aumentou sua equipe técnica de 67 especialistas para 160. Para ele, “isso significa a contratação de meteorologistas, geólogos e engenheiros e a garantia de que todo o trabalho feito, do monitoramento à ajuda final aos atingidos, será de grande valia”, analisou José Tadeu.
A presidente Dilma Rousseff disse que o Plano é a capacidade do Brasil resistir ao desafio das mudanças climáticas. "Hoje é um dia especial porque estamos lançando um plano que está a altura de um pais continetal como o nosso de fazer face aos desastres naturais", afirmou. "Como seres humanos não controlamos a natureza, mas podemos gerar planos para minimizar riscos e aumentasr nossa capcidade de lidar com o que não podemos controlar, encontrando soluções para lidar com a força imensa da natureza".
Além de conhecer o que havia de melhor no mundo para a criação do Plano, Dilma destacou as experiências trágicas que marcaram o Brasil como determinantes. "Eu vivi e vi o desespero das autoridades do Rio diante da tragédia na região serranda. Ao mesmo tempo, assisti de um helicóptero o deslizamento de uma montanha em Santa Catarina que, felizmente não tinha um ser humano na área, mas que deslizou inteirinho. Foi com isso que todos nó nos mobilizamos. A partir de agora, vamos prevenir ao invés de remediar".
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, destacou que o país precisa ter uma cultura de defesa civil. "Nos últimos 18 meses, já formamos mais de 20 mil agentes de defesa civil. Queremos formar mais 10 mil agentes especializados e treinar outros 4 mil agentes sociais, como associações comunitárias", disse.
Bezerra pontuou que anualmente o Brasil gasta cerca de 1,6 bilhões de reais em ações de assistência à população e reconstrução de cidades afetadas por desastres naturais. "É esse quadro que estamos revertendo com o lançamento Nacional de Gestão contra catástofres naturais". Para criação do Plano, o foverno buscou inspiração em experiências internacionais, em países como os EUA e a Austrália.
Fontes:
Maria Helena de Carvalho
Assessoria de Comunicação e Marketing do Confea
Exame.com