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Homenagem da NASA: Crea-PE apoia e valoriza o trabalho da mulher na Engenharia

A notícia de que a sede da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, localizada em Washington DC terá o nome da primeira mulher que trabalhou na agência espacial, a engenheira Mary Jackson, é motivo de grande orgulho para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), que sempre dedicou espaço privilegiado para as guerreiras. “O Crea-PE, reconhece a importância histórica e social do fato que vem ao encontro de ações de valorização da mulher, especialmente nos espaços das Engenharia, Agronomia e Geociências”, comemora o presidente do Crea-PE Evandro Alencar.

Ainda segundo o presidente do Crea-PE, “todas as grandes mulheres que lutaram contra o machismo e o preconceito para se formarem nas áreas tecnológicas, têm o nosso respeito e são merecedoras de homenagens, como a que foi prestada pelo Crea-PE, em sessão solene em homenagem ao Dia do Engenheiro, em 2010, na Câmara de Vereadores do Recife. A data celebrada sempre na Casa de José Mariano, homenageou na oportunidade a primeira engenheira pernambucana, engenheira civil Maria Eugênia de Moraes, assim como também a engenheira Anna Luiza Limeira.

A homenageada americana se formou em 1942 na universidade de Hampton, onde estudou matemática e física. Em 1951, começou a trabalhar no órgão governamental que mais tarde se tornaria a Nasa. A época, a agência espacial ainda tinha o nome de National Advisory Committee for Aeronautics (NACA).

Foi em 1958 que Jackson se qualificou como engenheira depois de ter aulas noturnas em matemática e física, chegando ao mais alto cargo do seu departamento em 1979.

O papel de Jackson nas conquistas da NASA é hoje em dia reconhecido graças a filmes como ‘Hidden Figures’, com a NASA prestando agora a homenagem devida. “Mary W. Jackson foi parte de um grupo muito importante de mulheres que ajudaram a NASA a levar os astronautas americanos ao Espaço. A Mary nunca aceitou o ‘status quo’, ajudou a quebrar barreiras e abrir oportunidades para afro-americanos e mulheres no campo da Engenharia e tecnologia”, afirmou o administrador da NASA, Jim Bridenstein.

“Ela foi uma cientista, uma humanitária, uma esposa e mãe que pavimentou o caminho para milhares de outros seguirem, não só na Nasa, mas por essa nação”, disse a filha de Mary Jackson, Carolyn Lewis.

A cientista foi uma das responsáveis por um túnel de alta pressão construído na agência, e ela se tornaria a primeira engenheira negra do órgão em 1958. Enquanto trabalhava, ela pediu para voltar a estudar, e fez escola noturna na mesma época em que dava expediente durante o dia.

Em 1985, Jackson se aposentou. Em 2016, foi uma das retratadas no filme “Estrelas além do tempo”. Ela morreu em 2005.

No ano passado, a Nasa já havia renomeado um outro prédio com o nome de uma cientista que trabalhou na instituição, Katherine Johnson, que é retratada no mesmo filme, “Estrelas além do tempo”.

Até mesmo a rua em frente à sede foi batizada como “Via das Figuras Escondidas” (o nome do filme em inglês é “Hidden Figures”, que, traduzido literalmente, seria figuras escondidas).

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