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Futuro do Brasil e Sustentabilidade são temas do 6º Encontro de Lideranças

As primeiras palestras do 6º Encontro de Lideranças, realizado de 21 a 25 de fevereiro em Brasília, no Centro de Eventos Brasil 21, foram sobre os temas Brasil: de País do Futuro para o País do Presente e Desafios Mundiais para a Sustentabilidade. O primeiro assunto foi abordado pelo 1º diretor secretário da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira, e o segundo ficou sob a responsabilidade do pesquisador e técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Ronaldo Seroa Motta.

 

Paulo Afonso Ferreira, da CNI, começou sua abordagem defendendo um País desenvolvido e mais justo. Comentou sobre a importância do planejamento estratégico, citado pelo presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, enfatizando a necessidade de potencializar esforços para se fazer um acordo nacional. “Esse é o nosso grande desafio. O momento hoje é de liderança. Temos ideias, mas está faltando um elemento catalisador que agregue tudo”, disse Ferreira. 

 

 Paulo Afonso parabenizou a ação do Confea, ressaltando que a CNI também está dentro desse propósito. “A sociedade organizada é que tem condições de fazer alguma coisa”, completou. Em seguida, apresentou uma rápida retrospectiva econômica. “Durante a crise, fomos afetados, a indústria foi afetada, mas a recuperação foi rápida. O setor da construção civil ajudou bastante na recuperação. Vejo obras paralisadas durante 10, 20 anos. Precisamos ter agilidade nesse processo, avançar mais nessa linha e o Sistema Confea/Crea tem uma grande responsabilidade nesse aspecto por causa da grande capilaridade que possui”, disse.

 

O palestrante também abordou a economia, o problema criado por um câmbio valorizado, que segundo o profissional é uma das razões para a indústria não ter recuperado a ascensão anterior a crise. Sobre o desemprego, Paulo Afonso foi taxativo. “O desemprego melhorou, pois estamos com a menor taxa da história. Na verdade, temos hoje no Brasil mais trabalho que emprego. As duas coisas são bem diferentes”, explanou. “O Brasil está perdendo indústrias para a China. A inovação deve ser uma obsessão para os profissionais brasileiros”, concluiu Paulo Afonso.

 

O pesquisador, professor e técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Dr. Ronaldo Seroa Motta, ministrou palestra sobre a sustentabilidade. Primeiro o pesquisador situou os participantes com um histórico de como se desenvolveu o tema sustentabilidade. Abordou aspectos para se tornar sustentável. Segundo sua abordagem as atividades econômicas tem que ser valoradas corretamente para serem ambientalmente mais eficientes. “Isso resultará em mudanças nos processos e estrutura de produção e consumo, e reduções no nível de produção e consumo. Esse é o desafio se para tratar com responsabilidade a sustentabilidade. Não adianta haver Pac’s se não houver recursos naturais para sustentar o crescimento do país”, explicou Motta.

 

Na palestra, Motta tratou sobre o aquecimento global. “Já há uma trajetória de aquecimento global e é preciso reduzir em 60% a emissão de gás carbônico em 50 anos. Mesmo que tenhamos energia limpa, todo o estoque de capital que se tem hoje terá que ser modificado. Todas as nossas obras de engenharia podem estar totalmente sucateadas para atingir esses patamares de diminuição de dióxido de carbono”, finalizou o pesquisador Ronaldo Motta. 

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