Superintendente de Gestão do Crea-PE, Marcos André Carvalho, e o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, se reuniram com o reitor da Unicap, padre Pedro Rubens, na terça-feira (27)
O Fórum Permanente da Mobilidade e Defesa do Metrô ganhou mais um aliado nesta tarefa de recuperar o metrô do Recife: a Universidade Católica de Pernambuco. Nesta terça-feira (27), o superintendente de Gestão do Crea-PE, Marcos André Carvalho, representando o presidente do conselho, Adriano Lucena, e o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, se reuniram com o reitor da Unicap, padre Pedro Rubens.
O encontro marcou a entrega de dois dossiês sobre o metrô e o compromisso da Unicap em participar da busca de soluções para a recuperação do metrô, com uma opção viável, segura e social para a mobilidade da cidade. O primeiro documento entregue traz o sucateamento que a empresa de transporte vem sofrendo, por parte do Governo Federal. O outro detalha o projeto de expansão do metrô do Recife.
“A universidade sempre teve um olhar mais atento ao assunto, estudando o Centro do Recife, o entorno. Por isso, a universidade foi construída no centro. Isso tinha um objetivo, que foi pensando na mobilidade, já que o centro é destino de vias com grande fluxo, como Rua do Príncipe, Conde da Boa Vista, Agamenon Magalhães. São avenidas grandes, de fluxo intenso de pessoas que rodeiam a Universidade Católica”, observou Marcos André.
O superintendente ainda destacou: “Eles têm todo interesse em participar desse projeto de um metrô forte, de um metrô pujante em prol de uma mobilidade urbana que atenda às pessoas e que proporcione às pessoas uma maior velocidade, um maior fluxo, vendo o metrô como uma alternativa para isso”. Carvalho adiantou que o reitor colocou a universidade disponível. “O reitor disse que a universidade estaria trabalhando junto com o Crea e com o Sindmetro com as áreas da engenharia e arquitetura da universidade e que a universidade se fará presente na próxima reunião do fórum, que acontece dia 11 de outubro, no Crea-PE”, pontuou o superintendente.
O presidente do Sindmetro-PE começou a reunião explicando o histórico da luta contra o sucateamento e das vantagens que o metrô possibilita a sociedade como: a preservação do meio ambiente, a rapidez na locomoção dos passageiros, os acidentes evitados no trânsito e os engarrafamentos que o metrô não enfrenta. “Esse debate não é só do sindicato, ele inclui toda a sociedade civil, as academias, a OAB e todos os órgãos que tem o compromisso de lutar pela melhora na mobilidade urbana. Queremos que a Unicap junto conosco, para que o corpo docente de engenheiros e arquitetos nos ajudem a pensar a mobilidade e o metrô que queremos no nosso Recife”, explicou Luiz Soares.
Adriano Lucena explicou que o documento foi gerado a partir dos problemas que o metrô vem tendo ao longo do tempo. “Isso demonstra mais uma vez que você tem problema e você não se esconde embaixo da mesa. Você traz esse problema, coloca sobre a mesa e chama as pessoas. Tem o sindicato, o corpo técnico do metrô, dos conselheiros, dos profissionais da engenharia, com a presença do Crea-PE. Foi essa abordagem, esse caminho que nós percorremos até chegar a esse documento”, assegurou Lucena.
Segundo o presidente do Crea-PE, esse documento é composto de informações ao longo do tempo, do sucateamento que passa o metrô, mas também a demonstração da união. “Destaca o papel do corpo técnico da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) dando respostas das maiores dificuldades que passam, mas entregando o metrô à população, com alguns problemas, mas com o metrô a serviço da população”, reforçou Lucena.
Para ele, o compromisso dos profissionais da engenharia com a cidade é de fundamental importância para que se tenha o resgate de um metrô como já foi no passado. “Que a gente quer que ele atue no presente e continue no futuro”, disse Lucena, reforçando que: “O momento agora é de trazer a universidade, de trazer o corpo técnico, de trazer as pessoas que já passaram por essa empresa tão importante para que a gente tenha mais projetos e mais alternativas para a população”.
