O Crea Convida desta terça-feira (25) vai tratar de um tema bastante atual e que é de extrema importância para o Brasil, que abriga a maior biodiversidade do planeta: “Gestão sustentável de riscos na exploração marinha de óleo e gás”. O tema será abordado às 19h na TV Crea-PE, no Youtube, pelo engenheiro civil Moacyr Araújo, professor Associado do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco e vice-reitor da instituição.
O engenheiro vai discutir os impactos econômicos e ambientais da decisão do governo federal de incluir para exploração de petróleo e gás natural bacias próximas de áreas de preservação ambiental. O assunto é controverso e gerou diversos questionamentos por parte de autoridades e ambientalistas.
“A minha expectativa para o Crea Convida é muito boa, pois o tema que iremos tratar é muito relevante e atual. Inclusive, gostaria de elogiar o Conselho por essa iniciativa, pois é fundamental que a gente converse com a sociedade sobre essas mudanças recentes que tem acontecido em relação ao meio ambiente e à biodiversidade brasileira”, diz Moacyr.
O professor alerta que a decisão pode significar degradação do ecossistema, sobretudo o marinho. “Isso é muito ruim porque nós deixamos de explorar a nossa biodiversidade, uma riqueza enorme. Temos um olhar muito imediato para aquilo que parece rentável economicamente e isso nos faz olhar muito para a questão dos combustíveis. Mas temos uma riqueza enorme de biodiversidade que sequer conhecemos e que poderia ser usada para o desenvolvimento de biotecnologia, fármacos, uma série de produtos que poderiam ser importantes para a matriz econômica brasileira”.
Participarão como debatedores da live o presidente do do Crea-PE, Adriano Lucena; o presidente do Crea-BA, Joseval Carqueija; e o presidente do Crea-RJ, Luiz Antonio Cosenza.
“Com a exploração próxima às áreas ambientais, o ecossistema sofre certamente uma alteração. Há algumas tecnologias usadas para minimizar os estragos, mas a prevenção é sempre a melhor forma de diminuir os estragos. Também existem impactos econômicos, como o sofrido pelas atividades tradicionais exercidas por pescadores artesanais e pequenos agricultores, atingidos pela indústria de petróleo instalada próxima à Bacia de Campos, no Rio de Janeiro”, pontuou Cosenza.