As mudanças de comportamento dos torcedores brasileiros e da utilização dos estádios de futebol trouxeram alguns problemas estruturais aos campos, sendo necessário o investimento em tecnologias para atender às novas exigências de utilização. De acordo com o engenheiro civil e responsável pelo estádio de futebol de Brasília para a Copa de 2014, Arthur Pitta Júnior, os espaços esportivos foram projetados somente para jogos. Entretanto, a partir da década de 90, passaram a ser usados para shows e eventos, tornando-se multiuso. Sobre o comportamento, ele explicou que, no passado, as pessoas assistiam aos jogos sentados e não pulando como se vê hoje, por isso os tremores nas arquibancadas e, em alguns casos, até o desabamento, a exemplo do estádio Fonte Nova, em Salvador. “Os materiais utilizados são os mesmos, porém temos novas ferramentas tanto de hardware como de software para reforçar as estruturas e assegurar mais conforto e segurança aos torcedores. Estamos trabalhando para construir estádios dentro dos padrões internacionais”, explicou Pitta Júnior, em palestra no Fórum Jovem da 66ª Soeaa, que teve como tema “Inovação Tecnológica para a Copa de 2014”. Esse pensamento é compartilhado também pelo arquiteto Eduardo de Castro Mello, responsável pelo projeto arquitetônico do estádio a ser construído em Brasília. Segundo Castro Mello, o projeto já está pronto, contemplando cálculos para a múltipla utilização do espaço.