A Comissão Técnica para Melhoria da Segurança e da Qualidade do Meio Ambiente Construído do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) reuniu-se, na quarta-feira (06), para debater as diretrizes de um modelo de ações preventivas contra os possíveis desastres naturais que venham ocorre da Região Metropolitana do Recife. Na ocasião, decidiu-se por uma reunião mais ampla, no próximo dia 20, às 9h, na sede do Conselho, junto com os órgãos de defesa civil e controle urbano municipais do Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, a Secretaria das Cidades, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as secretarias de Saúde municipais e estadual. “Cada órgão deve trazer seu plano com ações preventivas para o inverno de 2010. Dessa forma, queremos desenvolver um projeto para minimizar ou evitar as tragédias naturais no Estado”, disse o presidente do Conselho, José Mário Cavalcanti. Na opinião do presidente, se houver um planejamento, catástrofes como a de Angra dos Reis (RJ), São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul poderão ter seus efeitos minimizados. A comissão também irá apresentar às prefeituras o conceito de engenharia e arquitetura pública, que garante assistência técnica às construções de casas para as famílias de baixa renda, evitando construções irregulares. O engenheiro Afonso Vitório solicitou a inclusão de um pedido de atualização ou elaboração dos mapas das áreas de riscos das cidades pelas prefeituras. De acordo com vice-presidente do Crea-PE, Maurício Pina, as áreas com maiores adensamento populacional são as mais propicias para acidentes. Na opinião de Pina, é necessária a participação tanto do poder público como da sociedade. “Por falta de conhecimento, a população planta bananeira nas encostas. Aquilo é um perigo porque essas plantas absorvem a água nas raízes, provocando acúmulo de líquido e o possível desmoronamento”, destacou Pina, lembrando também dos lixos jogados nos rios, córregos e canais. Na opinião do professor Romilde Oliveira, a utilização de lonas plásticas nas barreiras representa, apenas, uma medida emergencial, mas o perigo para moradores do local permanece. “A medida visa reduzir a saturação das águas nas barreiras, entretanto ela é uma ação puramente paliativa”, disse.