Inquietações sobre a complexidade de gestão dos recursos do Programa de Desenvolvimento Sustentável (Prodesu) e a falta de aproximação do Confea com os Regionais foram as discussões que iniciaram os trabalhos na Segunda Reunião do Colégio de Presidentes do Nordeste, realizada entre os dias 06 e 07, em Salvador (BA). O encontro tem o objetivo de unificar os pleitos dos Creas da Região Nordeste para a reunião nacional, que ocorrerá em Cuiabá no final do mês.
Como solução de aproximar as demandas dos Creas com o Confea, o presidente do Crea-BA, Marco Amigo, sugeriu a criação de um sistema de gestão eletrônica de documentos que permitirá uma troca ágil de informações entre os regionais e, consequentemente, uma resolutividade maior das demandas. “É bom sonhar com a gestão eletrônica dos documentos, que custa cerca de R$ 5 milhões e gerará uma economia grande ao sistema, cerca de R$ 150 mil anuais”, observa, discordando dos investimentos na ordem de R$ 15 milhões direcionados a Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea), que será realizada entre 19 e 23 de novembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
O presidente se comprometeu em elaborar um projeto para apresentar durante a reunião do Colégio Nacional de Presidentes. Outro ponto destacado por Marco Amigo foi o projeto de Assistência Técnica Pública da Bahia que envolve no primeiro momento a UFBA e será estendido às demais universidades públicas e privadas do Estado. “Pretendemos agir em bairros de Salvador e em outros municípios baianos. Nossa visão é transformara a Lei 11.888 em fatos concretos, senão morrerá. É de importância vital para nossa profissão e sociedade”, destaca.
Amigo reiterou também problemas como os da arrecadação dos Creas e os questionamentos nacionais em torno da ART, além do foco em ações e não de projetos por parte do Confea.
Apoio – A presidente do Crea-PB, Giucélia Figueirêdo, apoiou o pleito de Amigo e afirmou que o Sistema vem ao longo de muitas gestões assumindo modelos que não correspondem com a modernidade. “Defendo um maior link do Confea com os Creas, pois o Conselho Federal não está dando a resposta que precisamos. Tenho sede e pressa de mostrar aos profissionais e a sociedade paraibana para que eu fui eleita”, enfatiza.
A gestora destaca a construção de uma gestão baseada em um projeto macro e que o Sistema não trabalhe de forma corporativa, mas sistêmica. “Precisamos adotar modelo que os profissionais querem e a sociedade espera. Parabenizo Amigo, por elencar esses projetos”. O presidente do Crea-PE,José Mário Cavalcanti, se animou com a perspectiva demonstrada pelo colega da Bahia, mas salientou a necessidade de os fóruns interferirem no andamento das questões do Confea. “Se temos propostas interessantes, podemos estar focados nelas para não pedir que o Confea adote, mas exigir agrave da união e força”.
Prodesu – As dificuldades administrativas para gerir os recursos do Prodesu foi uma preocupação manifestada pelo presidente do Crea-PI, Paulo Roberto Ferreira. “É hora de simplificar, o dinheiro é nosso. Não entendo essa desconfiança com a aplicação desse recurso”. As palavras do representante do Piauí foram endossadas pelo superintendente do Maranhão, José Almir, pelo vice-presidente do Crea Alagoas, Amaro Monteiro, e pelos gestores dos Creas Sergipe, Jorge Silveira, e Ceará, Victor da Frota Pinto.
De acordo com o coordenador do Colégio Nacional de Presidentes, Antonio Carlos Albério (Crea-PA), no próximo dia 12, será realizada uma reunião do Comitê Gestor do Prodesu, onde será realizada uma força tarefa para a apreciação dos projetos. “O Prodesu veio para socorrer os Creas, mas está deixando os regionais em uma situação difícil por causa da burocracia”, finaliza.
Nadja Pacheco
Da Assessoria de Comunicação do Crea-BA