Encontro, que aconteceu na última quinta-feira (30), comemorou também o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, celebrado no dia 23 de junho
A representatividade estimula o ingresso de mulheres nas áreas das engenharias, agronomia e geociências. Ver uma profissional nestas carreiras mostra que é um futuro possível, apesar das desigualdades encontradas no mercado. Esse foi o recado do debate promovido pelo Crea-PE, em conjunto com o Programa Mulher do Crea-PE, promovido no I Encontro de Mulheres Engenheiras na noite desta quinta-feira (30).
O evento, realizado no Restaurante Quintal Cozinha pra Torar, também marcou a comemoração do Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, celebrado no dia 23 de junho. As experiências pessoais das inspetoras tesoureiras das regionais do Crea-PE em Garanhuns e Carpina, engenheira agrônoma Grazielle Torres e a engenheira civil Maria Clara Santana, mostraram o desafio feminino enquanto engenheiras, mães, mulheres.
Ambas falaram das experiências de conciliar a vida profissional e a maternidade. Principalmente da necessidade de uma rede de apoio para que pudessem realizar os trabalhos. Uma realidade diferente da enfrentada pelos homens, que não são julgados enquanto profissionais depois que se tornam pais. As mulheres, sendo mães ou não, precisam provar constantemente que são capazes, afirmaram as inspetoras.
A engenheira eletricista Roseanne Maria de Araújo também deu seu testemunho da sua vida pessoal e profissional, com os desafios que enfrentam. O debate foi conduzido pela engenheira de pesca Cláudia Fernanda Oliveira. Apesar das experiências únicas nas vidas das profissionais, o recado que elas deram é único: é possível.
A coordenadora do Comitê Gestor do Programa Mulher do Crea-PE, engenheira civil Eloisa Basto, apresentou aos participantes o programa, desde seu início, quando a proposta de implantação foi abraçada pelo presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, até suas ações desde sua implantação, em setembro passado.
Eloisa Basto ainda destacou as metas do programa, que é ampliar a participação feminina nas áreas da engenharia, agronomia e geociências, além de ter maior presença nos conselhos do Crea-PE. Hoje, são 20% de mulheres registradas no Conselho de Pernambuco. Por isso, ela convoca estas profissionais a ocuparem mais espaço no Crea.
A engenheira civil ressaltou ainda a necessidade de debater os assédios – moral e sexual – que as mulheres sofrem. “Precisamos combater fortemente esse assédio que, infelizmente, é uma realidade no nosso mercado”, reforçou a coordenadora do Programa Mulher.
Na abertura do evento, Adriano Lucena reafirmou que o lugar de mulher é onde ela quiser. “As engenharias, agronomia e geociências não podem abrir mão destas profissionais”, reforçou Lucena, destacando que o Crea é a cada de todas e todos.
Após o encerramento do debate, a comemoração seguiu com a apresentação cultural para os profissionais do Crea-PE e entidades que vieram prestigiar o encontro. Uma banda de forró, composta por mulheres, animou a noite de comemoração.
O encontro também foi transmitido pela TV Crea-PE, no YouTube, que fica gravado para quem quiser assistir. Para assistir, basta clicar aqui.