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Crea-PE realiza na Unicap lançamento do livro ‘BR-232, um caminho de Engenharia e História’, do engenheiro e professor Maurício Pina

Prestigiadíssimo, evento reuniu grandes nomes da Engenharia pernambucana no Espaço Maker, da Universidade Católica de Pernambuco

A Casa da Engenharia viveu, nesta segunda-feira (14), um momento de celebração da profissão em Pernambuco, com o lançamento do livro do professor Maurício Pina, na Unicap, que reuniu dezenas de nomes da engenharia e da sociedade pernambucana. O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, comandou a mesa de abertura, formada também pelo reitor da Unicap, Padre Pedro Rubens; o senador Fernando Dueire; o vereador do Recife Alcides Cardoso; o professor Carlos André de Moura, representando a reitora da UPE; além do professor Mauricio Pina.

A publicação, que foi viabilizada pelo Crea-PE, resgata o histórico da rodovia. A obra é resultado de mais de 20 anos de pesquisa do autor. Para o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, o livro é essencial para preservar a história de Pernambuco e assegurar a transmissão de conhecimento da engenharia para os futuros profissionais. “Falar da BR 232 não é falar de uma rodovia, é falar do desenvolvimento, da integração, daquilo que queremos para Pernambuco”, destacou Adriano. Reforçando, ainda, que o Conselho Regional tem se pautado pelas questões que atendem aos profissionais, mas sobretudo, a sociedade. “É por isso que também estamos empenhados em lançar o mais breve possível a licitação para dar início ao projeto do Memorial da Engenharia, outro legado que ficará para a sociedade pernambucana, contando a história da engenharia, e que foi um sonho do nosso querido professor Maurício Pina”, completou o presidente do Conselho.

O projeto do livro ‘BR-232, um caminho de Engenharia e História’ começou em 2002. “Tive a paciência de um monge budista para realizar este livro, que foi um trabalho de pesquisa muito grande”, contou o autor, que reunia boa parte do material dentro da própria casa, uma vez que o acervo que deu subsídio à publicação foi todo garimpado e guardado pelo pai do professor Maurício, Renato Telles Moreira. Moreira fez parte dos primórdios do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE). Ele deixou uma série de publicações e fotos da época da construção da 232 e outras rodovias. Outra fonte de pesquisa de Pìna foi o Arquivo Público do Estado.

Para o vice-reitor da UPE, o Prof. José Roberto de Souza Cavalcanti, a história do desenvolvimento de Pernambuco, que passa pela engenharia, precisa ser registrada. “A 232 é tão importante para a sua época quanto consideramos hoje a Transnordestina para o nosso desenvolvimento local, por isso essa obra é mais que relevante, é primordial para resguardar essa memória”, destacou.

O autor compartilhou com a plateia que, assim que foi inaugurada, a rodovia era conhecida como Estrada Tronco Central ou Estrada Transversal de Pernambuco e com um traçado um pouco diferente do que é hoje. Saía do Marco Zero, ia para Afogados, Rua de São Miguel, Avenida Dr. José Rufino, Tejipió, Jaboatão e Moreno. Só na década de 1960 o traçado foi alterado, passando a ser o que é hoje, pelo Curado.

O livro traz informações como o fato do primeiro trecho em pavimento de concreto no Norte e Nordeste do País ter sido construído entre Tejipió e Jaboatão, na década de 1930. Naquela época, segundo o professor, chegar a Caruaru era uma aventura. “Levava quatro, cinco horas, quando não estava na época chuvosa, que não tinha condições nem de circular e chegar até Caruaru”, informou Pina.

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