Um engenheiro recebendo quase a metade que um mestre de obras. A situação inusitada ameaça se apresentar na reforma da agência central dos Correios no município de Gravatá, no Agreste. A planilha que orienta a tomada de preços na concorrência pública estipula um salário para engenheiro de R$ 1.368,64, enquanto o mestre terá uma remuneração de R$ 2.286,41. A abertura das propostas das empresas que disputam o serviço está marcada para o próximo dia 22. Até lá, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) espera impedir que isso aconteça.
O Crea-PE vai procurar o arquiteto responsável pela elaboração do documento para ouvir as explicações. A entidade estuda ainda recorrer aos Correios e, em último caso, à Justiça. Caso não tenha ocorrido erros será solicitada a anulação do edital.
Os Correios, através de sua assessoria de imprensa, informou que o edital será republicado, mas apontou como único erro o texto da planilha. Faltou mencionar que o cargo de engenheiro não é do tipo residente, que passaria várias horas na obra. Sendo assim, a remuneração é baixa por conta do pouco tempo de expediente no canteiro que o profissional será obrigado a cumprir, diferentemente do mestre de obras, que passará praticamente o dia inteiro no local de trabalho.
Matéria de Felipe Lima publicada no dia 17 de feveriro de 2011 no Jornal do Commercio.