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Crea-PE apoia grupo de engenheiros que reivindica isonomia salarial. Encontro com profissionais ocorreu nesta terça-feira (12)

Presidente Adriano Lucena ouviu pleito de profissionais e colocou o Conselho à disposição na luta pelos seus direitos

Um grupo de engenheiros ligados às secretarias estaduais de Pernambuco se reuniu na tarde desta terça-feira (12), no auditório da sede do Crea-PE. No encontro, com a presença do presidente do Conselho, Adriano Lucena, e do presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco (Senge-PE), Mozart Bandeira, foi discutida uma pauta com quatro pleitos.

O primeiro e mais emergencial é a isonomia salarial. Há dois meses, a Secretaria de Educação de Pernambuco concedeu um aumento salarial aos engenheiros terceirizados. Tal reajuste não foi aplicado pelas outras secretarias, apesar dos profissionais exercerem as mesmas funções. Após questionamentos, a Secretaria de Administração do Estado alegou que a pasta da Educação tinha recursos para tal reajuste, conforme explicou o engenheiro Cristiano Silva, ligado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco.

Ele e o engenheiro Getúlio Gutemberg, também ligado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, solicitaram o apoio do Crea-PE nesta reivindicação. Lucena colocou o Conselho à disposição. “O Crea não sou eu. O Crea somos nós. E somos nós que temos as responsabilidade sobre nossas lutas”, adiantou o presidente, que durante o encontro chamou o departamento jurídico do Conselho para prestar assistência aos engenheiros.

Também foi formada uma comissão com integrantes presentes no encontro para, com representantes do Crea e do Senge-PE, ter uma reunião com a vice-governadora, Luciana Santos. A ideia é tentar resolver a questão na esfera administrativa, esgotando todas as possibilidades. Caso não haja sucesso, deve-se buscar o caminho pela Justiça. “Estamos aqui para fazer o que vocês quiserem. Mas a decisão é de vocês”, destacou Lucena.

Durante o encontro, foi pedido ao Crea auxílio na mobilização da categoria para que, juntos, seja possível exercer pressão na negociação e assegurar os mesmos direitos aos engenheiros. Foi sugerida até uma passeata para mobilizar os profissionais. Mais uma vez, Lucena garantiu o empenho do Conselho, mas pediu que os engenheiros buscassem junto aos companheiros de profissão o compromisso com essa luta coletiva.

Além da isonomia, os outros três pontos apresentados por Getúlio Gutemberg falam sobre: o respeito ao Salário Mínimo Profissional, estabelecido por lei; a não contemplação do Projeto de Lei 3141/2022 que fala dos pares, que abrange 90 categorias, mas não contempla os engenheiros; e por fim, a cobrança do INSS para os engenheiros aposentados. Esta incidência afeta a todos os trabalhadores aposentados, mas houve uma decisão em Campinas (SP) que acatou uma ação que suspendia essa cobrança, criando jurisprudência, segundo Gutemberg.

“Essa reunião foi importante para fortalecer a classe dos engenheiros em relação aos salários que estão baixos e que não contemplam a isonomia”, avaliou Cristiano Silva. Ao final do encontro, Lucena enumerou várias ações que estão sendo realizadas pela gestão, a exemplo do Crea na Comunidade, os debates no Crea Convida, com assuntos e propostas de melhorias para a sociedade e profissionais, além do Crea Desenvolve, que vem buscando soluções de crescimento para o Interior do Estado.

Mozart Bandeira ainda falou que a atual gestão do Crea vem cada vez mais abrindo espaço para os profissionais e entidades de classe. “Olhem vocês aqui, sendo recebidos pelo presidente, apresentando suas propostas, pleitos e reivindicações, sendo ouvidos e acolhidos”, reforçou Bandeira também colocando o Senge-PE à disposição para contribuir e fortalecer a luta dos engenheiros que estiveram na reunião desta terça-feira.

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