Medida diminuirá significativamente o uso de papel. Conselho é o primeiro do País do Sistema Confea/Crea a adotar a ação
Novembro será o mês em que o uso de papel começará a fazer parte do passado do Crea-PE. Numa ação pioneira, o Conselho adota, até o final de outubro, a assinatura eletrônica para documentos, portarias, comunicados. A iniciativa faz parte da nova diretriz do Conselho rumo ao Crea 4.0. Como a mudança vem com o exemplo, o Crea sai na frente com esta ação. É o primeiro Crea do País a adotar essa inovação.
A resolução leva o Crea-PE a uma nova era. Os impactos vão desde a economia no orçamento, no espaço e a preservação da natureza. Pesquisa feita por uma empresa AIIM – uma associação internacional dedicada ao setor de gerenciamento de informações –, atesta que as despesas com o uso de papéis para documentos, comunicados podem comprometer até 20% da receita de uma empresa.
A pesquisa ainda destaca que os documentos físicos gastam até 84% mais do que os documentos digitais, levando em consideração todo o desembolso com papel, tinta e logística. No Crea, por exemplo, são compradas 40 resmas de papel, por mês. Até o final do ano, caso não tivesse sido adotada essa nova política, seriam 480 resmas. Considerando que cada pacote são 500 folhas, a compra anual seria na casa das 240 mil folhas. Se colocasse essas folhas enfileiradas, em linha reta, seriam 2,6 mil quilômetros, quase a distância entre Recife e Brasília (2,1 mil quilômetros).
Na ponta do meio ambiente, os efeitos na suspensão do uso do papel são em cadeia. A começar pela preservação das árvores. Um estudo do Instituto Akatu – uma organização sem fins lucrativos especialista em consumo consciente – atesta que o brasileiro durante dois anos gasta, em média, uma árvore só consumindo papel ofício.
Pode até parecer pouco, mas se levar em consideração que a produção de uma folha de papel do tamanho A4 consome cerca de 10 litros de água, dá para entender o impacto no meio ambiente. A conta piora quando mostra que a resma que você gasta num mês de trabalho consome 5 mil litros de água para ser produzida. Ainda conforme o Akatu, para produzir 1kg de papel são necessários 540 litros de água. Numa escassez hídrica que hoje o País enfrenta, toda economia é bem-vinda.
Sem falar no armazenamento de tanto papel e deterioração das folhas. Com os documentos digitais, é possível armazenar em nuvem – um modelo que guarda dados na Internet por meio de um provedor de computação que gerencia e opera o armazenamento físico de dados como serviço.
Para viabilizar essa “virada de chave” da realidade “analógica” para a uma realidade virtual, foi feito um escalonamento dos setores para a adoção da nova política. Os colaboradores precisam fazer sua assinatura eletrônica. O Governo Federal disponibiliza este serviço gratuitamente na plataforma gov.br, que pode ser usada por qualquer pessoa.
A assinatura eletrônica permite que você assine um documento em meio digital a partir da sua conta gov.br. O documento com a assinatura digital tem a mesma validade de um documento com assinatura física e é regulamentado pelo Decreto Nº 10.543, de 13/11/2020. O processo é simples. O Crea-PE criou um site, onde os colaboradores podem acessar essa plataforma, abrir sua conta e cadastrar a assinatura.
O bom é que qualquer pessoa pode usar as informações disponíveis neste site e criar sua própria assinatura. A adesão a este tipo de serviço é uma preparação para um futuro muito próximo. Cada vez mais empresas, entidades públicas estão adotando este procedimento. Para acessar o site criado pelo Crea-PE, clique aqui. Incorpore essa medida no seu dia a dia. Ganha você com a simplificação de um processo, ganha o meio ambiente com a economia do papel.