Presidente José Tadeu e coordenador do Contecc, Geraldo Baracuhy, recepcionaram estudantes |
Mais de 250 alunos da Escola Fundamental de Fortaleza, do Colégio Ari de Sá Cavalcante e do Colégio Antares participaram de uma emocionante aula-show do professor e engenheiro Marcos Tozzi, vice-presidente da Associação Brasileira de Educação de Engenharia (Abenge), no encerramento do Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc) e da 72ª Semana Oficial da Engenharia da Agronomia (Soea), na sexta-feira (18), em Fortaleza.
Com o tema “Engenharia e Agronomia: profissões de agora e do futuro”, Tozzi cativou o público ao falar dos possíveis desafios e das atuais expectativas para futuros engenheiros e Engenheiras em potencial. “São profissões que trabalham o raciocínio lógico, o que permitem também atuar com outras profissões, de forma regulamentada, e que deveriam ter ainda maior participação na gestão pública, apesar de o governo ter acreditado na Engenharia, conforme registram os índices de crescimento de sua procura, hoje em torno de 400 mil alunos/ano, superando Direito e Medicina”, afirmou.
Em iniciativa coordenada pelos conselheiros federais Homero Catão e José Geraldo Baracuhy e ainda pelo professor Dermeval Furtado, integrantes do GT Contecc, os estudantes foram sensibilizados a conhecer e a questionar sobre os cenários profissionais, educacionais e de mercado da Engenharia. “Quero fazer uma conversa como se vocês fossem meus filhos”, disse ao início da sua apresentação, para, ao final, confirmar toda a sua emoção, sob aplausos e entre fotografias dos estudantes.
Balanço
Apesar da crise vivenciada pelo País, a participação dos profissionais e estudantes no Congresso Técnico e Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc) superou a do ano passado, na Soea de Teresina. “Diferentemente da Soea, exceto os 21 premiados, todos arcam com as próprias despesas. Dos 801 trabalhos recebidos, 550 foram aprovados”, descreve o coordenador do GT e conselheiro federal, engenheiro agronômo José Geraldo Baracuhy, informando que a seleção dos 101 avaliadores espalhados por universidades de todo o país é homologada pelo GT Contecc, cujos membros não podem ter qualquer relação com os aprovados. “Algo, inclusive, que não é muito aceito pelos estudantes. Outra reserva que temos é que não poderia ser funcionário do Confea. Depois, houve uma distribuição entre as áreas, desempatando em favor das regiões menos distribuídas”.
Geraldo Baracuhy adianta as novidades do Contecc 2016 |
Baracuhy informa que os trabalhos, técnicos e acadêmicos, “não precisam ser sublimes, mas não podem ser ruins”. Ele considera ser esta a primeira experiência do Sistema Confea/Crea e Mútua nesse campo com o conhecimento científico. “Nesse cenário, entre os presidentes de Creas, conselheiros regionais e federais, em todo o momento, há um destaque sobre a importância deste Congresso na Soea. Não é fácil incluir uma pauta nova, então essa aceitação facilita a comunicação do Sistema com o setor acadêmico, que faz parte intrinsecamente do próprio Sistema”.
Para o próximo ano, entre os 21 premiados, cinco serão para o que Baracuhy chama de “produtos de negócio”, a serem geridos pela Anprotec junto com uma incubadora do Estado. “A Anprotec vai fazer uma seleção, fomentando uma pequena empresa. É possível que alguns dos premiados tenham esse potencial, mas vamos ter uma metodologia diferente, desenvolvendo um plano de negócios e outras atividades que potencializem o empreendimento”.
Palestras, apresentações e mesa-redonda foram realizadas durante três dias da Soea |
Troca de experiências
Palestras e mesas-redondas estiveram na agenda do Congresso. Inovação e empreendedorismo, por exemplo, foi tema ministrado pelo pesquisador do Centro de Estudos da FGV, Bruno Rondani, que destacou a importância de os profissionais buscarem novas dinâmicas para alavancar negócios no mercado. “Existe um movimento pela atitude empreendedora porque o esforço traz o novo e isso vai ser cada vez mais exigido”, afirmou.
A apresentação dos trabalhos aconteceram nas quinta e sexta-feiras. Também foram organizadas mesas-redondas, onde acadêmicos puderam trocar experiências. “Esses trabalhos têm alto nível técnico e científico e poderiam estar presentes em qualquer congresso nacional e internacional. São também oportunidades para formação de seres humanos de qualidade para o Brasil”, ressaltou o professor doutor Marcelo Grilo, da Universidade Federal de Campo Grande (UFCG).
Metodologia
Presididas por Marcelo Bezerra Grilo, Gerson Luiz Apoliano Albuquerque, José Wallace Barbosa do Nascimento, Emmanuel Julião Fernandes, André Casimiro de Macedo, João César de Feitas Pinheiro e Demerval Araújo Furtado, as comissões científicas do Contecc representaram as modalidades Civil, Elétrica, Mecânica e Metalúrgica, Química, Geologia e Minas, Agrimensura, Agronomia e ainda as áreas de Experiência Profissional, Educação e Gestão.
“Eles avaliaram uma parte e também enviaram a outros 101 avaliadores, que mandaram uma primeira relação, que foi em seguida novamente analisada pelas comissões e pelo Crea-CE, com base em critérios como a descrição de resultados alcançados, a inovação nas respectivas áreas e a melhoria da qualidade profissional do Sistema, no caso da modalidade experiência profissional”, descreve o coordenador do GT Contecc e idealizador do Congresso, eng. agr. José Geraldo Baracuhy.
Assim, o êxito do evento deste ano valoriza também o trabalho desempenhado pelos integrantes do GT Contecc, coordenado por Baracuhy, e contando ainda com as contribuições dos professores Demerval Araújo Furtado (UFCG), Paulo Roberto Megna Francico (UFCG), Aline Costa Ferreira (UFCG), Marcondes Moreira de Araújo e o conselheiro federal Homero Catão (convidado), sob a assistência da analista Sabrina Carpentier, do Confea.
Ascom do Confea/Crea-AC