O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), José Mário Cavalcanti, junto com os representates de outros 11 Creas, do Confea e do Sindicado da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), esteve reunido, durante todo o dia de hoje (21), em Brasília, para tratar da organização das audiências públicas , que serão realizadas a partir de 15 de março, referente as construções das arenas da Copa de 2014.
Durante a reunião, os participantes apresentaram as ações já realizadas pelos Creas e entidades parceiras em relação a essa temática, o estágio de cada cidade em preparação à Copa, bem como a infraestrutura e metodologia a ser utilizada nas audiências públicas.
O presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, disse estar preocupado com algumas questões que se referem aos preparativos para a Copa. Entre elas, o atraso na execução dos empreendimentos; a mobilidade urbana, a infraestrutura aeroportuária e hoteleira e o legado que a Copa deixará para o país. “A Copa tem um papel de ‘vender’ e potencializar o Brasil do ponto de vista turístico. Não se trata apenas de futebol. A repercussão deve ser positiva”, destaca. Em alusão à última Copa, na África do Sul, disse: “Lá, vemos a desocupação de tudo o que foi construído. São considerados hoje grandes elefantes brancos”, lamenta.
Segundo o presidente, são grandes os problemas a serem enfrentados. “É preciso haver debates mais técnicos sobre essas questões, mostrando à sociedade o que pode e o que deve ser feito para viabilizar a realização da Copa 2014, qual é o planejamento e o cronograma estabelecidos”.
Por outro lado, Marcos Túlio destaca alguns aspectos positivos. “O Sistema Confea/Crea tem tido participação muito interessante no debate sobre a Copa, estando inclusive em articulação com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Ministério dos Esportes”. Segundo ele, um dos pontos em que se o avanço pode ser observado relaciona-se à obrigatoriedade do laudo de engenharia para funcionamento de estádios.
Sobre as audiências públicas, Marcos Túlio frisou que elas devem envolver a participação de representantes da sociedade civil, da prefeitura local, das entidades empresariais e das organizações de classe. “Nós realmente pretendemos que a área tecnológica discuta com a sociedade os problemas e, a partir daí, que a gente passe a monitorar atentamente o andamento das ações”.
As audiências
Na última sessão plenária do Confea, em 2010, foi aprovada a realização de 12 audiências publicas, nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Em princípio, elas acontecerão semanalmente (às terças-feiras), de 15 de março a 31 de maio de 2011. Na ocasião, governo federal, governo estadual e empresas apresentarão projetos em elaboração e obras em andamento para que profissionais, empresas da área, prefeitos, deputados, vereadores, estudantes, sociedade civil, etc, possam opinar.