Representantes da academia foram recebidos nesta segunda-feira (16) pelo presidente do Crea-PE, Adriano Lucena
O que era para ser uma reunião onde a Academia Pernambucana de Engenharia (APEENG) declararia seu apoio à construção do Memorial de Engenharia transformou-se numa aula de história da engenharia pernambucana. Na tarde desta segunda-feira (16), o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, recebeu o presidente da APEENG, o professor e rotariano (como gosta de destacar) Mário de Oliveira Antonino, 88 anos. Engenheiro civil de formação, o catedrático mostrou uma vitalidade e juventude de pensamento invejáveis.
Antonino veio com uma comitiva de peso. Todos professores e confrades da APEENG. Estiveram presentes José Artur Padilha, Maurício Pina, Frederico Nunes e Leonardo Sampaio. A mascote do time foi a engenheira ambiental e conselheira do Crea-PE, Thaís Patu, que veio a convite da APEENG. Ainda presentes no encontro, o vice-presidente do Crea-PE, Stenio Cuentro, o superintendente Nielsen Christianni, e o chefe de gabinete Ermes Costa.
“Vocês são muito jovens. No pensamento, na disposição e na coragem, que vocês poderiam estar fazendo mil e uma outra coisas, muito mais confortável, muito mais prazerosa do ponto de vista do lazer e vocês trocam tudo isso para estar na jovialidade do debate, na construção de um mundo melhor”, fez questão de pontuar Lucena, depois de ouvir a “velha guarda” da engenharia.
Além de apoiar a construção do Memorial, um projeto que Antonino classifica de suma importância para a história da engenharia e de Pernambuco, a academia, na figura do presidente e seus confrades, colocou-se à disposição do Crea para participar de debates para o desenvolvimento da engenharia, da sociedade e do Estado.
Na visita, Antonino entregou a Adriano Lucena volumes impressos dos Cadernos do Seminário, produzidos pela academia. Cada exemplar versa sobre um tema de desenvolvimento para a região do seminárido, a exemplo de obras hídricas, educação para o desenvolvimento sustentável. A 19ª edição será lançada agora sobre dessanilização. Todos os exemplares estão disponíveis na versão online no site do Crea-PE e podem ser acessados clicando aqui.
Sobre o Memorial, o professor Maurício Pina, que está à frente do projeto, destacou a importância do suporte e empenho que a UFPE vem tendo com a implantação do memorial. O projeto, que tem apoio de diversas entidades pernambucanas, como o Crea-PE, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco-PE), a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), prevê que a antiga Escola de Engenharia de Pernambuco seja transformada no primeiro Memorial de Engenharia do País. Pina revela que a UFPE conseguiu um recurso na ordem de R$ 1 milhão destinado à universidade, mas a intenção é que o dinheiro seja investido no prédio da antiga Escola de Engenharia.
Temas como agricultura, piscicultura, pandemia, geração de energias alternativas foram abordados durante a reunião. Sugestões e proposições não faltaram. Para beber mais da fonte do conhecimento da academia, Adriano Lucena propôs encontros mensais para viabilizar projetos e sugestões dos catedráticos. Antonino não só aceitou como emendou: “pode ir separando pelo menos duas horas na sua agenda para nossos encontros”.
