Crea-PE

A importância do envolvimento dos vários profissionais de uma obra como meio para executar um cronograma

A ausência de um cronograma é, de acordo com o engenheiro civil Aldo Mattos um importante motivo para explicar o tema da palestra da Terça no Crea de hoje (18.08.20), que foi relativa a “ Porque os Cronogramas Furam? ”.

A edição de hoje foi transmitida pela live do Crea-PE no Instagram @creapernambuco só que da cidade de Caruaru, onde o presidente do Crea-PE e mediador da palestra está participando de uma Fiscalização Dirigida por vários municípios.

O convidado, Aldo Mattos, participou também de longe, Salvador (BA), onde reside e trabalha como consultor.

Mattos afirma que o estouro do prazo das obras não traz benefícios para ninguém e, portanto, deve ser trabalhado se fazer um cronograma com a participação de todos os envolvidos. Dos engenheiros aos pedreiros. A experiência, o dia a dia na linha de frente quem faz, são eles, disse.

Na opinião do convidado a respeito de qual é o cenário atual da Engenharia brasileira, afirmou que há dois. Antes, porém, explicou que não é otimista nem pessimista se definiu como realista.

“A Engenharia brasileira enquanto ciência vai muito bem. Temos profissionais e empresas para capazes de realizar trabalhos grandes e de excelente qualidade. Nossos engenheiros trabalham fora do país, e isso é a confirmação de capacidade. Estão sempre acompanhando as soluções tecnológicas, se aperfeiçoando nos startups. Como mercado de trabalho, jamais seremos como antes, após a pandemia. Mas acredito que até a pandemia trouxe benefícios. Esse é um bom momento para empresas e profissionais se aperfeiçoarem aproveitando para fazer cursos online, participar de webinar , ler bastante e participar desse ambiente associativo que envolve empresas, profissionais, Sinduscon, Ademi”, sugeriu Mattos.

Embora a falta de um cronograma tenha a sua parcela nos furos dos orçamentos, o palestrante apontou a mal formação profissional e a contratação de uma obra com projetos insuficientes, exemplificando a importância dos projetos de topografia e sondagem. A relação desses fatores é tão importante para o sucesso quanto para uma experiência exitosa, que Aldo Matos que em tempos de pandemia, para sair das dificuldades um cronograma faz toda a diferença na hora de equalizar as coisas. “O cronograma não pode ser uma opção, há de haver sistematização de fazê-lo e mantê-lo atualizado. Por menor que seja a obra, faça um cronograma que, sem dúvida, você jamais trabalhará sem a ferramenta. ”,

E disse mais, um cronograma não necessita ser de grande complexidade e nem de uma aparência impecável. Se um cronograma for feito assim, não será obedecido. O engenheiro de produção não seguirá fazer cumpri-lo porque é imposto. “Quem valida o cronograma são os trabalhadores. É com eles que é preciso contar na hora de montar um cronograma viável do ponto de vista do cumprimento do que está proposto. A eles cabe a manutenção de uma teia de informações, comunicações e acompanhamentos que resultam na atualização

Com relação ao custo de uma empresa para ter no seu quadro pessoas que trabalhem com planejamento, cronograma e acompanhamento da obra, deu uma dica: terceirizar o serviço. Afirmou que há pessoas muito bem preparadas e capacitadas para prestar esse tipo de serviço.

O palestrante elogiou a os meios tecnológicos para se trabalhar como o BIM, o MS Project, dizendo, inclusive que, empresas que não tenham o BIM, por exemplo, estarão fora das licitações.

Quanto o gosto pela criação de conteúdo para cinco livres, Mattos disse que teve vontade de ter um material que pudesse ensinar de forma mais simples do que aprendeu e decidiu fazer um livro como gostaria de ter estudado o assunto, no início da carreira. Salientando ainda que queria deixar uma ajuda às pessoas e fazer algo útil para a Engenharia.

A dica do consultor para quem está começando é não parar de estudar, a sua cabeça é uma caixa que sai da universidade com muito pouca coisa e há uma infinidade de outras que ainda caberão. Lembrou ainda da importância de participar de feiras, congressos, se engajar na Mútua, no Sinduscon e ser curioso na busca por sites sobre os vários assuntos relativos à Engenharia.

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