Crea-PE

AGP comemora nesta quinta-feira (31) 58 anos de criação

Associação dos Geólogos de Pernambuco tem como missão defender os direitos dos profissionais, além de auxiliar na relação com o mercado de trabalho

Há 58 anos era criada numa terça-feira, 31 de março, a Associação dos Geólogos de Pernambuco (AGP). O dia foi um marco para os profissionais que ganharam uma entidade de classe para proteger seus direitos, agregar conhecimento e conectar-se a outras instituições e ao mercado de trabalho.

A atual presidente da associação, Lucila Ester Prado Borges, destaca a importância da AGP sempre auxiliando o profissional geólogo. Ela cita conquistas alcançadas ao longo dos 58 anos de atuação. Entre elas, a equiparação entre o salário do engenheiro e do geólogo da Chesf e da Compesa; a participação junto com o Clube de Engenharia de Pernambuco na criação da Minérios de Pernambuco, uma empresa estatal que muito contribuiu para o conhecimento da geologia no nosso Estado, que funcionou até 1993.

Para suprir a ausência da Minérios de Pernambuco, a associação conseguiu, junto ao Governo de Pernambuco uma inserção para criar a Gerência Geral de Recursos Minerais. Lucila Borges reforça que a AGP sempre tem procurado contribuir para um diálogo maior entre a mineração e os empresários, além de intermediar, junto ao curso de Geologia, na passagem da vida acadêmica para a vida profissional.

“Sempre tivemos cadeira no Sistema Confea/Crea/Mútua, onde ocupamos cargos de conselheiros, sempre com representatividade. Inclusive já ocupamos o cargo de coordenadores das Câmaras Especializadas em Geologia e Minas, que tem uma atuação nacional. No Conselho de Recursos Hídricos, nós temos a participação nas câmaras técnicas. Assim, a AGP vem participando da vida dos geólogos, promovendo muitos encontros, procurando tornar a geologia unida e forte”, declara a presidente, que iniciou na AGP em 2005, quando foi primeira secretária em 2007. Ela assumiu a presidência pela primeira vez em 2014 e a segunda em 2019.

O ex-presidente da AGP Adson Brito Monteiro lembra que na sua gestão à frente da associação sempre buscou agregar, unir. “Eu sou muito de: juntos somos mais fortes”, observa Monteiro. “Criamos a página da AGP (na internet), realizamos ajuste da logomarca da entidade, numa continuação do trabalho  da logomarca iniciado na gestão de Mário Filho. Todo nosso mandato foi pautado para criar banco de consultores, fazer a tabela de honorários, uma relação mais próxima dos presidentes do Crea, das outras categorias. Procuramos fazer uma associação não isolada, em defesa do profissional geólogo, mas abrindo canais com outras categorias” enumera o ex-presidente.

Monteiro aproveita o aniversário da AGP para propor um olhar voltado para o futuro. “É hora de inserir o geólogo nas novas tecnologias e capacitá-los nas novas técnicas de pesquisa. É hora de avançarmos na legislação para que ela possa abranger as novas áreas das geociências”, objetiva o geólogo, convocando a nova geração para se engajar na luta da entidade. “Entidade forte é entidade única”, pontua.

É importante lembrar que em 5 de maio de 1980 a Associação dos Geólogos de Pernambuco foi transformada em Associação Profissional dos Geólogos de Pernambuco, mantendo a já consagrada sigla AGP. Esta transformação representou uma evolução na hierarquia da representação classista, com a intenção de criar o Sindicato dos Geólogos de Pernambuco.

Para a geóloga Lara Tainá Souza Gomes, membro da AGP há pouco mais de dois anos, a importância da associação é dar voz às necessidades que o profissional tem tanto no mercado de trabalho quanto no conselho de classe. “A associação tem esse papel de unir o profissional ao conselho de classe, trazer quais as necessidades que o mercado de trabalho tem e informações que o profissional precisa para estar mais inserido nesse contexto”, declara a geóloga.

Outra geóloga que chegou há pouco tempo na associação, é Lília Albuquerque da Silva. Formada em 2017, recebeu de um amigo o convite para conhecer e se associar à AGP, há três anos. Uma vez dentro, entendeu a importância da entidade na vida do profissional. Principalmente para seu trabalho de consultora. “Quem trabalha como autônoma precisa de um apoio profissional e a gente pode buscar isso na AGP. Tanto para tirar dúvidas quanto para quando você se sentir injustiçada. Tem a AGP para lhe defender. Você não fica só”, garante Lília Albuquerque.

“Tanto eu quanto uma parte mais jovem que está ingressando na AGP pretendemos lançar essa visão para os profissionais que se formaram recentemente ou de 10 anos para cá. Mostrar para eles essa importância que a AGP tem para o nosso trabalho”, planeja Lília Albuquerque, que disputará a presidência da associação, em chapa única, na próxima eleição, em maio deste ano.

A geóloga Mariza Brandão Chavez aproveita a data para parabenizar a AGP pela sua marcante atuação. Ela recorda que seu primeiro contato com a associação foi ainda quando ela estava na graduação. “Lembro que desde aquela época a AGP promovia eventos, palestras, comemorações de datas marcantes, como o Dia do Geólogo. Nesses eventos ela sempre procurava integrar os profissionais com a universidade e os alunos tinham essa oportunidade de participação”, diz a geóloga.

Ela conta que desde então sempre participa das gestões, estando diretamente ligada a elas ou não. “Ao longo desses anos posso dizer que foram muitas batalhas incessantes e conquistas alcançadas em prol dos geólogos de Pernambuco. A associação pode ser pequena em número de profissionais, mas ela é uma gigante na hora de lutar pelos interesses da geologia e dos geólogos de Pernmabuco”, assegura Mariza Chavez.

“Queria parabenizar os geólogos, as geólogas, parabenizar a AGP por mais um aniversário. São 58 anos! Veja a importância dessa entidade para a sociedade, para os profissionais e para os alunos”, saúda o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena. Ele aproveita a oportunidade para convocar os geólogos para fortalecer e associar-se à AGP. “Fortaleça sua entidade para que ela possa estar junto aqui conosco no Crea”, reforça Lucena.

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