Crea-PE

Mercado exige cada vez mais prática do BIM em projetos

UFPE lança o primeiro curso de especialização do assunto, com início das aulas para 4 de março. Restam poucas vagas disponíveis

Desde 2021 o uso do Building Information Modelling (BIM) está sendo recomendado para projetos como ferrovias, rodovias, aeroportos. Pernambuco já adota a prática em alguns projetos. A exemplo da triplicação da BR-232, cuja obra deve ser iniciada pelo Governo do Estado nos próximos 10 dias e vai usar o BIM para garantir transparência e cumprimento de prazo. Para atender a essa nova realidade do mercado, a UFPE lança a primeira especialização do assunto. O curso “Especialização em BIM – projeto e fabricação digital no ambiente construído” começa no dia 4 de março, mas ainda restam vagas.

Uma dica boa para os profissionais do Crea-PE: além de garantirem uma certificação exigida pelo mercado, eles têm direito a um desconto de 15% na mensalidade. Com isso, o valor passa de R$ 720/mês para R$ 612/mês, num total de 18 meses. Mas restam poucas vagas. São 40 no total.

A exigência do BIM é uma realidade a partir do Decreto Presidencial número 9.377, de maio de 2018. O objetivo é democratizar a plataforma no País. O BIM é uma mudança de cultura e de prática da construção. Uma modelagem que atualiza o jeito de fazer e pensar nos projetos, bem como nas suas soluções. Entre as metas estipuladas pelo decreto, está a de aumentar em 10 vezes a implantação do BIM. Uma projeção aponta que isso vai significar que 50% do PIB da construção civil tenha adotado a metodologia até 2024.

O coordenador do curso, o professor Max de Andrade, destaca que a modelagem é realidade nos principais países da Europa, das Américas e da Ásia. Aqui no Brasil o uso do BIM é crescente e peça fundamental para a sobrevivência na indústria da arquitetura, engenharia, construção e operação (AECO). Conforme o coordenador, as principais empresas privadas e públicas do setor vêm exigindo, cada vez mais, o BIM em seus contratos. De 2018 a 2020, só o Governo Federal publicou três Decretos BIM. Foi exatamente para atender estas demandas que o curso foi criado.

Os primeiros módulos serão virtuais. Mais para o final do curso é que haverá a necessidade de aulas presenciais, nos laboratórios da UFPE. Max de Andrade alerta que a prioridade da inscrição é para quem atender a todas as demandas da inscrição, com a entrega dos documentos. Não adianta ter feito a pré-inscrição e não entregar a documentação exigida, porque não garante a vaga e quem se inscrever depois, concluindo todas as etapas, assegura a inscrição.

Ele ainda destaca que o curso tem como objetivo realizar uma imersão no uso das tecnologias digitais e das práticas de projeto e construção relacionadas à modelagem paramétrica e à fabricação de digital, dentro do contexto do BIM. Max explica que a UFPE, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, criou uma “célula BIM” exatamente para auxiliar em práticas que melhorem a qualidade do ambiente construído, no aumento da produtividade e na redução dos custos do setor.

A especialização conta com alguns dos principais nomes em BIM no Brasil, como Sergio Leusin, consultor BIM do Governo Federal; Sergio Scheer, professor da UFPR e presidente da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído; Regina Ruschel, professora da Unicamp. Tem ainda Gabriela Celani, também professora da Unicamp, e outros nomes importantes no cenário nacional como David Oliveira (SP), Natália Queiroz (SC), Carlos Nome (PB), Pedro Lima (PE) e Regiane Pupo (SC), além de professores da UFPE que trabalham com o BIM.

A especialização está dividida em sete módulos: O BIM e a transformação na Indústria da Construção; Modelagem BIM de Autoria; Gestão de Projetos/aumento de produtividade e simulação; Viabilidade econômica e gestão da obra com BIM; Do Projeto à Construção Digital com o BIM; BIM na Prática – experimentação; e Método de Pesquisa em Projeto.

A grade curricular é voltada para situar os profissionais sobre a ferramenta e poder usar com eficácia todos os benefícios que o modelo dispõe. Sem falar que as aulas serão ministradas por nomes de destaque no uso do BIM. Para ter acesso à grade curricular, com as disciplinas e respectivos professores, clique aqui.

A carga horária é de 435 horas, com aulas quinzenais às sextas-feiras – das 16h às 19h e das 19h30 às 22h30 – e aos sábados – das 8h às 12h e das 13h às 18h, sempre com 15 minutos de intervalo nos períodos. As pré-inscrições podem ser feitas neste link.

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