Crea-PE

Primeiro dia do Enesc-PE tem palestra sobre cidades inteligentes, humanas e conectadas

Tema foi apresentado pelo engenheiro civil e ex-secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Cláudio Marinho

Falar sobre cidades inteligentes é um convite recorrente ao engenheiro civil Cláudio Marinho, ex-secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco. Mas o que o fez aceitar vir palestrar sobre o tema no 3º Enesc-PE (Encontro Estadual do Crea Júnior em Pernambuco)? O acréscimo de duas palavras que permeiam anos de estudos e trabalho do engenheiro: humanas e conectadas.

Com essa justificativa, Marinho iniciou sua palestra, o ponto alto do encontro. O Enasc-PE teve seu primeiro dia de programação nesta sexta-feira (10) e encerra neste sábado (11) com uma série de palestras e workshops para preparar os estudantes e futuros profissionais para contribuir e se ajustar às necessidades do mercado de trabalho pós-pandemia.

Na abertura do encontro, foi formada a mesa, presidida por Adriano Lucena, presidente do Crea-PE, pelo vice-presidente do Conselho, Roberto Freire, pela coordenadora do Crea Jr-PE, Eunnyce Nunes, pela presidente da Mútua-PE, Roberta Meneses, e o coordenador da Comissão Gestora d Crea Jr-PE, Clóvis Segundo.

“O Crea Jr, vem, desde que foi criado, numa crescente de participação e formação de jovens lideranças dentro do Sistema Confea/Crea/Mútua. Estamos nos preparando para o futuro profissional e estar aqui em busca de conhecimento mostra que seremos profissionais diferenciados no mercado”, destacou Eunnyce Nunes, convidando a todos para participarem do segundo dia do evento, neste sábado.

Para Adriano Lucena, esse encontro, essa troca de relações e experiências entre os jovens e os mais experientes é muito importante. “E as mudanças que vocês verão nessa palestra trata das cidades inteligentes, humanas e conectadas. Para quem? Para nós, pessoas que sonhamos, desejamos e queremos um mundo melhor e esse mundo melhor depende de nós”, argumenta Lucena, destacando que o Crea busca a construção de cidades inteligentes , conectadas, sem a produção de tanto lixo, sem pessoas morando nas ruas, com o pleno emprego.

Logo após a abertura, o superintendente do Crea-PE, Nielsen Christianni, falou sobre o Sistema Confea/Crea/Mútua e a importância deles para a vida dos futuros profissionais. O porquê da necessidade dos profissionais entenderem seu funcionamento.

Na sequência, a esperada palestra pela estudante de engenharia da complexidade, Mariana Oliveira, 28 anos, que já é técnica em eletrotécnica . “Gosto muito dessa parte de tecnologia e quando eu vi que o tema traz uma tecnologia humana para a cidade, fiquei imaginando como seria uma cidade tecnológica e humanizada ao mesmo tempo, porque esse paradoxo entre robô e humano muitas vezes existe. Acho interessante trazer temas como esses para o debate”, afirmou antes de começar o evento e durante a fala de Cláudio Marinho, parecia absorver cada informação que ele repassava.

Para os amantes do tema, a apresentação de Cláudio Marinho foi puro deleite. Ele já começou com uma provocação: “Cidades inteligentes? Não, porque não existem cidades burras. A cidade é um dos maiores inventos da humanidade. A cidade explica a sobrevivência de 7 bilhões de pessoas sobre o planeta Terra e aí tem muita engenharia para nos permitir a convivência em áreas adensadas, porque o adensamento é fundamental para a geração do conhecimento”, observa Marinho.

Um assunto que faz parte de sua vida profissional. “Eu milito pelo desenvolvimento das cidades há muito tempo, desde a década de 1970, em 1976/1977, quando fazia mestrado em desenvolvimento urbano”, conta o ex-secretário. Durante sua apresentação, encheu os estudantes de referências e conhecimento. Apontou possibilidades no mercado de trabalho e, principalmente, instigou a todos a buscarem pela conexão humanizada.

Samuel Nunes, 22 anos, estudante de engenharia civil, veio para a palestra de Marinho na expectativa de buscar mais informações sobre o tema. “Todo o profissional precisa disso. Estamos terminando um curso num tempo nada comum e precisamos cada vez mais inovar e acredito que a construção vai ser cada vez mais desafiadora, com essa perspectiva mais humana. E o tema vai ajudar bastante nisso”, apostou Samuel Nunes e acertou.

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