Após composição da mesa diretiva, formada pelo presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), Evandro Alencar, engenheiro químico Celso Giampá, diretor Regional da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua-PE), Augusto Nogueira, secretário de Infraestrutura, Bruno Lagos, representando o prefeito de Caruaru, e pelo chefe de Gabinete, Joadson de Souza Santos, teve início, na noite da sexta-feira (29), no Caruaru Park Hotel, o 2ᵒ Seminário de Lideranças Regionais, promovido pelo Crea-PE. O encontro tem por objetivo discutir durante dois dias (sexta, 29, e sábado, 30), assuntos de interesse dos profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua e da sociedade.
Na abertura do seminário, o presidente deu as boas vindas aos diretores, conselheiros, inspetores, presidentes de entidades, coordenadores do Crea Júnior Pernambuco e servidores. “Este evento é mais um passo no sentido de aproximar o Crea dos profissionais e da sociedade e não mediremos esforços na missão de aprofundar essa aproximação”, garantiu o presidente.
Em seguida, Evandro Alencar agradeceu a grande contribuição dada por todos no primeiro ano da sua gestão. “Convido a todos para fortalecermos e incrementarmos essa parceria para que tenhamos um Crea mais forte, mais atuante e mais reconhecido pela sociedade”, afirmou Evandro. Dando prosseguimento à sua participação, o presidente do Crea-PE fez apresentação de slides que mostraram as ações desenvolvidas em 2015.
Após isso, o engenheiro químico Celso Giampá deu início a primeira palestra da noite, que tratou de detalhar o “Projeto Fênix”, de autoria do engenheiro, que tem por objetivo resolver o problema dos resíduos sólidos urbanos.
Giampá explicou que o investimento para o desenvolvimento do projeto é privado e que as prefeituras que adotarem a prática proposta não terão custo com a implantação. Ainda segundo Guiampá, os resíduos sólidos urbanos são úteis e totalmente aproveitáveis sendo, os não recicláveis utilizados na fabricação de agregantes para artefatos de cimento.
Avaliando negativamente o trabalho que é feito pelos catadores de lixo, Celso Giampá afirma que “trabalho de catador é trabalho escravo”, explicando que não tem atividade remunerada, material indicado para fazer a coleta sem correr o risco de contaminação com os mais variados tipos de doença, entre outras carências. “No Brasil, mais de 95% do lixo é enterrado. Dizer que o povo brasileiro não sabe fazer coleta seletiva é depreciar a todos. Mais importante do que saber separar o lixo úmido do seco, é garantir que a coleta seja feita constantemente, de acordo com uma programação prévia que deverá ser seguida a risca”, defende Giampá.
A educação ambiental continuada nas escolas e nas casas da população envolvida é parte do projeto. “Isto se aprende na escola. Para tanto, propomos a distribuição gratuita de material didático sobre o assunto incluindo revistas, panfletos, gibis, assim como palestras sobre a importância da separação do lixo. Além disso, o nosso projeto promove inclusão social”, explicou o palestrante, acrescentando que “a coleta seletiva reduz o custo de coleta em mais de 30%”.
Por fim, Celso Giampá explicou que a contrapartida das prefeituras inclui a doação do terreno para a instalação da fábrica para seleção e beneficiamento do lixo, doação do lixo do município, apoio para o trabalho de educação continuada e da implantação da coleta seletiva que está estabelecida em lei desde 03 de agosto de 2010.
“Nossa pretensão é acabar com o passivo ambiental, a exploração dos catadores de lixo, os depósitos clandestinos, o ônus financeiro das prefeituras com a coleta e destinação do lixo. Nesse negócio, quanto mais lixo for produzido melhor”, concluiu.
Em seguida, o engenheiro químico fez também uma palestra sobre a escassez de água no mundo e as consequências do descaso da humanidade no uso do bem natural que, segundo título do livro de sua autoria, será motivo da próxima guerra.
Ao final das duas palestras, o presidente Evandro Alencar entregou o certificado de participação ao convidado e concluiu os trabalhos da noite.
Dilma Moura
ASC do Crea-PE