O Crea Convida da última terça-feira (11) tratou do maior movimento social de promoção da saúde no trânsito do mundo, o Maio Amarelo. Trata-se de uma iniciativa que visa conscientizar e mobilizar os cidadãos sobre acidentes ocorridos no País. Para falar do assunto, participaram do evento Paulo Pêgas, consultor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e membro da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal); e general Jamil Megid Junique, diretor de Planejamento Estratégico do Observatório Nacional de Segurança Viária.
Criado em 2014, o Maio Amarelo foi idealizado no Brasil depois de uma série de estudos advindos da Organização das Nações Unidas (ONU e que contou com a participação do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV. Na ocasião foram propostas soluções para a conscientização dos usuários de trânsito envolvendo pedestres, motociclistas, ciclistas e condutores. Com estas informações, o diretor de Planejamento Estratégico do ONSV, general Jamil Megid Júnior, abriu a apresentação.
A campanha Maio Amarelo tem como tema este ano “Respeito e Responsabilidade, Pratique no Trânsito” que trabalha pela proteção da vida, mobilidade mais humana, segura e sustentável. A iniciativa, de acordo com Jamil Megid, conta com apoio dos governos federal, estadual e municipal, empresas privadas, Detrans, associações e Creas.
“O ONSV é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que, para alcançar seus objetivos, trabalha com quatro projetos principais: estudos e pesquisas para maior aprofundamento técnico sobre assuntos relativos a matéria; segurança viária por meio do levantamento de dados estatísticos; educação, onde estamos iniciando um projeto piloto em escolas públicas de mais de 30 municípios”, detalhou o general.
Paulo Pêgas, por sua vez, tratou dos aspectos socioeconômicos e socioambientais do tema, analisados entre os anos de 2007 a 2018. Segundo o especialista, a partir de 2009, a motocicleta foi o veículo que mais matou no Brasil, seguido pelo automóvel e por fim pelos pedestres.
Com relação aos custos, o pesquisador informou que os dados incluem vias, pessoas, instituições, meios e os não valorados que se referem a sequelas não visíveis e a prejuízos ambientais. No levantamento realizado, o gasto foi de cerca de R$ 1,6 trilhão.
Pêgas também discorreu sobre os aspectos socioambientais e como eles entram na vida dos cidadãos também impactados pelos veículos, como as emissões de gases. “As pessoas estão preocupadas com as emissões de CO2, mas há uma série de outros que causam males graves e até irreversíveis para a população”, diz.
Crea Convida
O Crea Convida acontece todas as terças-feiras, às 19 horas, no canal do Conselho no Youtube, a TV Crea-PE. A conversa, em formato de live, tem como objetivo trazer para a sociedade os debates sobre a Engenharia, Agronomia e as Geociências. Para assistir a edição sobre o Maio Amarelo, clique aqui.
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