O diretor financeiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), Sílvio Porfírio de Sá, o conselheiro Francisco Araújo, o assessor de Políticas Institucionais, Cristino Silva, e os inspetores de Olinda Marcílio Leão e do Cabo de Santo Agostinho, Fernando Lapenda, representaram o Conselho na reunião marcada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), na quinta-feira (11), no Salão das Bandeiras, no Palácio do Campo das Princesas, para discutir, juntamente com políticos, empresários e a sociedade civil organizada as estratégias necessárias para atrair para o Recife o hub, centro de vôos internacionais e nacionais, do Grupo Latam (formado pela brasileira TAM e a chilena LAN).
O Recife disputa a implantação do hub com Fortaleza (CE) e Natal (RN). O encontro desta quinta contou com as presenças dos ex-governadores Roberto Magalhães, Joaquim Francisco e Gustavo Krause, do líder da oposição na Assembleia Legislativa, Silvio Costa Filho (PTB), além de vários secretários e deputados estaduais. Na próxima segunda, ele reúne deputados federais e senadores pernambucanos, inclusive os oposicionistas Humberto Costa (PT) e Douglas Cintra (PTB).
Após pronunciamento do governador do Estado, Paulo Câmara, e dos ex-governadores, a palavra foi franqueada aos presentes. Na oportunidade, o inspetor coordenador do Crea-PE, engenheiro civil Marcílio Leão, pediu a palavra para, em nome do presidente do Crea-PE, Evandro Alencar, questionar sobre uma possível vantagem do Estado do Ceará, na disputa pelo empreendimento, já que o Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins será privatizado. Sobre a pergunta, respondida pelo próprio governador, foi dito que essa condição não cria vantagem por que, se por um lado a privatização pode facilitar os trâmites das providências necessárias para a implantação do hub, por outro, tirará a condição do estado contar com o apoio da Infraero que é a empresa vinculada a Secretaria de Aviação Civil.
Marcílio Leão aproveitou a oportunidade para dar duas sugestões que, do ponto de vista técnico, poderá fazer a diferença no momento da decisão de onde implantar o hub. A primeira, diz respeito à utilização do espaço ocupado pela Base Aérea, onde está instalado o Parque de Materiais Aeronáuticos do Recife (Pamarf) como local de apoio para o hub. Segundo o engenheiro, a área se constitui de galpões, depósitos de carga e de uma pista própria além de hotel de trânsito. A segunda sugestão do inspetor seria a utilização do espaço antes ocupado pelo antigo aeroporto do Recife, que se encontra completamente inativo, para a implantação do hub.
“Temos as condições ideais para receber o empreendimento. Dos três aeroportos que disputam a implantação do hub, o do Recife é o que oferece as melhores condições. Com pouco investimento poderemos instalar os fingers e esteiras necessárias e, por meio da celebração de convênio com a aeronáutica, poderemos fazer uso da área do Pomarf”, explicou Leão.
Por fim, o representante do Crea-PE, fez questão de informar que o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) foi o responsável por assessora e auxiliar o governo do Chile, quando da implantação do Conselho de Engenharia daquele País. “Temos um relacionamento amistoso e de colaboração com o Chile. Já existe uma relação de colaboração entre o corpo técnico chileno e profissionais brasileiros, em especial, pernambucanos que participam de construções de aeroportos, aeronaves entre outros. Esse aspecto é para nós, de grande importância no momento em que pretendemos firmar uma parceria onde essas relações são importantíssimas”, disse Marcílio acrescentando que “não existe oportunidade para quem não se prepara. Ao longo dos anos fomos nos preparando cada vez mais e, graças a esses esforços somos hoje, de acordo com a avalição da Secretaria de Avião Civil, o melhor aeroporto do País”, concluiu o engenheiro Marcílio Leão.
O secretário estadual de Desenvolvimento, Thiago Norões, que é presidente do Porto de Suape, garantiu que o governo estadual tem atuado firmemente para não perder o empreendimento que pode atrair 10 mil empregos. “Pernambuco já é a capital da logística e da economia do Nordeste”, disse.