Recife, 13 de agosto de 2009 – Os presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Creas) do Nordeste estarão reunidos em seu 3º Encontro Regional, amanhã e depois (sexta-feira, 14 e sábado, 15), para debater entre outros temas, a Ferrovia Transnordestina. O encontro acontece no Villa Hípica Hotel, em Gravatá.
Na pauta da reunião de amanhã (sexta-feira 14), o ‘Seminário Ferrovia Transnordestina’ será comandado por José Mário Cavalcanti. Haverá também a apresentação da experiência do Programa de Acessibilidade Fácil acesso para todos, desenvolvido pelo Crea-PE desde 2000.
No sábado (15), está previsto o debate dos temas institucionais dos Creas. Entre os assuntos, destaque para o Seminário Nacional de Assistência Técnica (Lei nº 11.888/08), que será realizado em São Paulo, nos dias 17 e 18 de agosto e a ação parlamentar que acontecerá em Brasília, no dia 19 desse mês.
Na ação parlamentar, presidentes de Creas do Nordeste buscarão, junto às bancadas estaduais, apoio para que haja celeridade na apreciação e aprovação de projetos de interesse social, a exemplo da caracterização do exercício ilegal da profissão de engenheiro, arquiteto, agrônomo e demais profissões ligadas ao Sistema, como crime passível de penalidades legais.
Transnordestina
A Transnordestina é uma importante via de escoamento de produtos agrícolas, minerais e industriais que liga a Região Nordeste. Sua construção foi iniciada em 1990 e em dezembro de 1992 sua obra foi paralisada por falta de recursos. A ferrovia ligará Petrolina (PE) a Salgueiro (PE) e Salgueiro (PE) a Missão Velha (CE). Em janeiro de 1999, a Transnordestina Logística (antiga Companhia Ferroviária do Nordeste, CFN), concessionária da Malha Nordeste, iniciou um projeto que altera o traçado, passando a ter 355 quilômetros de extensão, visando aproximar-se do polo gesseiro do Araripe (PE).
O presidente do Crea-PE, José Mário Cavalcanti, destaca a importância da ferrovia para o preço final dos produtos nordestinos e a interação que a Transnordestina trará aos Estados. Na opinião do presidente, a malha ferroviária deve ser tratada com seriedade pelo Governo. “Esse sistema de transporte é fundamental para o escoamento de cargas em face da redução de custo no preço final dos produtos. Além disso, a Transnordestina ainda vai permitir a integração do Nordeste com as demais regiões do País. O novo traçado proposto tem que ser fruto do interesse nacional e não objeto da conveniência de segmentos privados”, defendeu José Mário Cavalcanti.
Rui Gonçalves
ASC do Crea-PE