Crea-PE

Terça no Crea traz ao auditório do Conselho debate sobre Soluções Construtivas em Aço para Fundações e Estruturas

O projeto Terça no Crea desta semana trouxe, na noite de ontem (09.04) ao auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), o tema: “Soluções Construtivas em Aço para Fundações e Estruturas”

Com a participação do expositor Djaniro Souza, engenheiro civil pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG), mestre em Engenharia Civil pela mesma instituição, com ênfase em Estruturas Metálicas e também especialista em Engenharia de Construção e Montagem pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostrou, em sua palestra, um resgate histórico do uso de estruturas metálicas no mundo e como sua utilização foi bem difundida nacionalmente, nos últimos tempos, tornando-se hoje uma solução construtiva relevante para o mercado brasileiro.

Segundo o consultor, o uso de estruturas metálicas teve sua origem em países da Europa, por volta de 1830, mais precisamente em Londres, considerada a primeira cidade a ter registro de construções em estrutura de aço no mundo. Já em 1931, nos EUA, começava o processo de industrialização dessas peças, trazidas já prontas para o canteiro de obras, apenas para montagem. Nascia a partir dali um novo conceito na área de estruturas metálicas.

A partir dessa nova ideia, a estrutura de concreto deixa de predominar sobre fundações e estruturas e passa a dividir espaço com as de aço. “Sabemos que a estrutura de concreto ainda apresenta um custo muito mais baixo que a estrutura feita em aço. Não se pode comparar quando falamos em custos. Precisamos entender que a construção em estruturas metálicas possui outros objetivos. Apesar de mais caro, traz consigo benefícios agregados, que muitas vezes não são tão claros no início de uma obra. Tudo depende do projeto e o que se pretende alcançar com ele”, explicou Djaniro.

Como caso de estudo, ele apresentou a obra do Atacado dos Presentes, no bairro da Torre da cidade do Recife, construída toda sobre estruturas metálicas. Apesar disso, a obra teve seu custo minimizado, devido a rapidez com que se concluiu, permitindo que o empreendimento comercial não fechasse as portas durante o processo e com isso economizasse em até 8 vezes no faturamento da loja.

Para Djaniro, além de objetivos específicos na escolha do uso em estruturas em aço, há também o conceito de sustentabilidade que ele carrega. “As obras ficam mais limpas, sem poeira, sem entulho. As peças são facilmente reaproveitadas para outras ocasiões e muitas siderúrgicas já usam materiais reutilizáveis”, concluiu.

O evento encerrou com interação do público, no momento aberto a perguntas e respostas, e ao final, muitos participantes permaneceram no auditório do Conselho para retirar dúvidas com o coordenador Técnico das Regiões Norte e Nordeste na Gerdau Aços Brasil.

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