Recife, 18 de junho de 2013
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), José Mário Cavalcanti, e o 1º vice-presidente Arnaldo Cardim, participaram, nesta terça-feira (18) do debate promovido pela construtora JBR Engenharia sobre o planejamento urbano a longo prazo para a cidade do Recife. Com o agravamento de problemas de mobilidade, alagamento e ocupação desordenada em várias localidades da capital pernambucana, entre outros transtornos, a cobrança pela resolução de problemas antigos, mas que refletem no bem-estar e na qualidade de vida da população, está cada vez mais freqüente, assim como pensar a cidade nos próximos anos.
“O governo tem uma dívida social acumulada ao longo dos anos porque o sistema não atende aos anseios da sociedade. A verdadeira democracia popular está longe de nossa pátria porque temos um governo refém dos interesses de organizações internacionais”, disse o presidente José Mário Cavalcanti.
O presidente da JBR Engenharia, Pedro Pereira, explicou que a empresa não poderia deixar de contribuir com a sociedade. “Como uma empresa especialista em engenharia e responsável social e ambientalmente não poderíamos ficar de fora dessa discussão. Nosso papel é contribuir para esse debate, que vem sendo cada vez mais apropriado pela população, pelo cidadão que vem sofrendo com os problemas decorrentes da falta de planejamento e de continuidade de políticas públicas”, criticou Pereira.
O “Projeto Árvore Água” foi o primeiro tema apresentado pelo presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PE), Roberto Montezuma. “Está na hora da gente entender que a construção da sociedade é um processo coletivo. E precisamos imaginar que esse projeto de cidade deve ser construído com o pensamento de longo prazo e não de quatro anos. Essa é a nossa arma de mudança social. É necessário cuidar da cidade para se cuidar das pessoas. E não o contrário”, defendeu Montezuma.
De acordo com o presidente do CAU, o Recife não pode ser pensado de forma fragmentado como está ocorrendo, como se tudo fosse desconexo. Os problemas resultantes da falta de planejamento, apontou Montezuma, são: verticalização descontrolada, poluição, infraestrutura inadequada, ilhas de calor, exclusão social, falta de mobilidade, entre outros.