Recife, 03 de novembro de 2009 – O município de Araripina recebeu, nos dias 22 e 23 de outubro, a I Semana Nacional de Fiscalização na Mineração, resultado de uma parceria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). No encontro foram realizadas palestras e capacitações para os fiscais do Crea-PE.
Durante o evento, o diretor geral de fiscalização do DNPM, Walter Arcoverde, ministrou palestra sobre a o convênio de cooperação técnica entre o Departamento e o Conselho Federal, que assegura a troca de informações sobre as atividades, empresas e profissionais da mineração. Ainda na ocasião, ele promoveu capacitação técnica para os agentes fiscais do Crea-PE, no Sertão.
O Coordenador da Câmara de Geologia e Minas do Crea-PE, Jurandir Landim, destaca a importância do evento para todo o setor da mineração. “O encontro promoveu uma maior interação entre o Conselho pernambucano, o DNPM e o polo do Araripe. O evento representa também uma interiorização das ações do Crea-PE”, afirmou Landim.
Minérios – O polo do Araripe, que compreende os municípios de Ipubi, Trindade, Ouricuri e Araripina, é responsável por 80% da produção nacional do gesso, de acordo com dados do DNPM de Pernambuco. Segundo o presidente o presidente da Associação dos Geólogos de Pernambuco (AGP) e diretor adjunto da DNPM, Antônio Christino Lyra, a produção poderia ser muito maior, caso o Estado fizesse investimento na parte de infraestrutura.
“A maior parte da produção de gesso é vendida para a Região Sudeste. Com a implantação da ferrovia Transnordestina, a expectativa é que a produção alcance uma participação no mercado internacional”, ressaltou. Além do gesso, Pernambuco destaca-se também na explotação de água mineral, calcário, argila, areia, brita e mármore.
Quanto à geração de postos de trabalho, o presidente da AGP informou que o setor de Geologia e Minas emprega um grande número, entretanto ainda há a predominância da informalidade. Ele relacionou o crescimento da explotação ao número do incremento na produção civil pernambucana, uma vez que, a maioria dos minerais está ligada a essa cadeia.