Crea-PE

Workshop Crea na Comunidade debate habitação e sustentabilidade em Caruaru

Rodas de conversa reuniram estudantes e profissionais na ASCES Unita nesta quarta (30)


O Workshop Crea na Comunidade chegou nesta quarta-feira (30) em Caruaru com um olhar voltado para os impactos causados pelas indústrias têxtil e da construção civil na região, além de apontar saídas para o desenvolvimento sustentável e habitação de interesse social.

Promovido pelo Crea-PE, com apoio da Mútua-PE e patrocínio do Confea, o evento reuniu um time de especialistas em torno do tema Sustentabilidade Urbana no Agreste Central: desafios e soluções para o futuro das cidades. Na abertura do evento, no auditório da ASCES Unita, o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, alertou sobre o papel da Engenharia e do Crea-PE no debate sobre o desenvolvimento sustentável.

“A construção participativa é o debate que o Crea quer fazer para transformarmos sonhos em realidade. É importante a participação e a cobrança dos estudantes, dos profissionais e das instituições para nos fortalecermos enquanto sociedade”, ressaltou. A abertura contou com a participação do diretor geral da Mútua-PE, Marcelo Tabatinga; da conselheira federal Luisa Peruniz, representando o presidente do Confea, Vinicius Marchesi, e da inspetora coordenadora da Inspetoria Regional de Caruaru, Luana Karoline de Lima.

O engenheiro civil e professor do Campus Agreste da UFPE Francisco Oliveira e a engenheira civil Siméia Oliveira abordaram a indústria têxtil e o manejo sustentável dos recursos hídricos, na primeira roda de conversa. Eles destacaram os impactos do uso da água no segmento e a universalização do saneamento. “É necessário buscar alternativas sustentáveis para a indústria de confecções de Caruaru”, afirmou a engenheira. Os impactos ambientais também foram abordados pela professora do IFPE Garanhuns e engenheira civil Edinéa Alcântara. “A Engenharia pode contribuir para desenvolver sem causar tanto impacto ambiental”, reforçou.

A importância do uso de ferramentas tecnológicas avançadas, como a metodologia BIM, foi abordada pelo engenheiro civil Tiago Lopes, da ABIM-PE. “É necessário estimular o uso do BIM para fomento da construção industrial e da sustentabilidade”, afirmou. A bióloga Patrícia Tavares, gerente de Monitoramento Ambiental e Inovação do CPRH, apresentou a nova plataforma ecológica econômica de Pernambuco. “A plataforma trará informações para uso nos grandes eixos de desenvolvimento para subsidiar tomadas de decisão em todo o Estado, especialmente no Agreste.

Na última rodada de conversa, os palestrantes reforçaram a importância da habitação de interesse social. “O desenvolvimento habitacional é uma política de desenvolvimento”, afirmou a gerente geral da Prefeitura de Caruaru, Lívia Santos. Para o engenheiro civil e presidente da Abenc, Stenio Cuentro, o modelo de planejamento urbano no País falhou mais de uma vez e gerou impactos negativos na mobilidade urbana, na matriz social e nas políticas públicas de habitação. “É necessário um novo olhar dos profissionais para o mercado habitacional”, defendeu Cuentro.

“O Crea-PE quer caminhar junto com vocês, que precisam participar mais ativamente do Conselho. Queremos fazer o melhor, com menos custo e mais eficiência”, concluiu o presidente do Conselho, Adriano Lucena, no encerramento do evento.

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