Dando continuidade a programação da 73ª edição da Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (SOEA), realizada de segunda-feira (29) até a quinta-feira (1°), no Rafain Palace Hotel & Convention, em Foz do Iguaçu (PR), o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), Evandro Alencar, participou, na tarde desta terça-feira (30), do Painel do Congresso Técnico Científico (Contecc) “Revolução Tecnológica: Cenários e Oportunidades ao Brasil”. Na pauta dos debates, o projeto Amazônia Conectada e a Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre o uso do grafeno.
Na ocasião, o gerente do Amazônia Conectada, o General de Brigada Decílio de Medeiros Sales, chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx), fez uma breve apresentação sobre o tema. O Programa é uma iniciativa que envolve o Exército Brasileiro, que utiliza cabos subfluviais para levar a internet em banda larga para áreas de difícil acesso na Amazônia.
“Estão entre os seus benefícios, a introdução de uma infraestrutura de telecomunicações que irá acelerar o desenvolvimento regional e contribuirá com os sistemas de Defesa Nacional e de Segurança Pública. Além disso, poderá ser estabelecida uma base sólida para o desenvolvimento de redes de pesquisa e educação na Região Norte e poderá contribuir com o desenvolvimento tecnológico e industrial do Brasil”, destaca o general.
O trecho Coari-Tefé já está estabelecido. A ideia é de que, em um futuro próximo, a internet em banda larga chegue a Tabatinga. Serão instalados cerca de 8 mil quilômetros de cabos de fibra óptica nos leitos dos rios Negro, Solimões, Madeira, Juruá e Purus, interligando 52 municípios e atendendo a mais de 3,8 milhões de habitantes da região. Essa ação irá interligar Manaus, Capital do Amazonas, com o interior do Estado.
Já o professor Benedito Guimarães Aguiar Neto, reitor da Mackenzie, fez um breve relato do andamento das pesquisas sobre o grafeno com aplicação na engenharia prática. Considerado um dos materiais do futuro, o grafeno é uma nanopartícula extraída do grafite, de apenas um átomo de espessura e mais de 100 vezes mais forte que o aço. Segundo ele, materiais como o grafeno podem em até 10 anos gerar cerca de US$ 1 trilhão em vários setores, que podem ir de defesa, filtragem de água, a materiais plásticos e displays flexíveis e transparentes para smartphones.
Rui Gonçalves
ASC do Crea-PE