Um chapéu transformador, escrito por Maria Antnieta da Rocha Cruz, traz relatos da participação do conselheiro Stênio Cuentro e de Carlos Calado, integrante do CTP
A contribuição dos engenheiros civis Stênio Cuentro, conselheiro, e de Carlos Calado, integrante do Comitê Tecnológico do Crea-PE, no programa Chapéu de Palha, estão registradas em livro. “Um chapéu transformador”, de Maria Antonieta da Rocha Cruz, que será lançado nesta quinta-feira (14), às 17h, no Forte das Cinco Pontas, resgata a participação deles no programa, iniciado em 1989, pelo governador Miguel Arraes.
O livro conta a trajetória do programa social Chapéu de Palha, através dos depoimentos dos que participaram diretamente, enquanto beneficiados, ou que contribuíram para a sua execução. Segundo Maria Antonieta, o Chapéu de Palha garantia a ocupação dos trabalhadores durante o período de entressafra da cana-de-açúcar, com uma ajuda de custo do Governo do Estado.
“O mais importante do programa foi o resgate da cidadania dos trabalhadores, em sua maioria (80%) analfabetos. Com o ciclo de educação e cultura, conseguimos alfabetizá-los, através do método Paulo Freire. Esse foi o principal ganho”, destacou Maria Antonieta Cruz. Os canavieiros também aprenderam a plantar outros tipos de cultura e se reuniram em associações.
Segundo a autora, que coordenava o programa à época, o Chapéu de Palha teve início na Secretaria de Agricultura, mas contava com apoio de várias secretarias, incluindo a de Transportes Stênio Cuentro e Carlos Calado eram diretores do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), ligado à secretaria. “Tínhamos uma parceria e, através da secretaria, os canavieiros cadastrados realizavam obras, como limpeza das faixas de domínio das estradas, em cidades indicadas pela secretaria, e recebiam assistência técnica”, explicou Maria Antonieta.
“Coube ao DER, e eu tive a honra de estar como diretor de Operações, fazer a contratação do pessoal para trabalhar na manutenção da rodovia”, recorda Stênio Cuentro. Para ele, o Chapéu de Palha é a mais importante política de inclusão social do Brasil. Através do DER, foram empregados 12.500 trabalhadores da cana-de-açúcar, que enfrentariam o desemprego ao final da safra.
O Chapéu de Palha sofreu algumas interrupções desde seu lançamento, foi retomado pelo governo de Eduardo Campos (2010-2014) e hoje se transformou em lei estadual.
Compareçam ao lançamento do livro!