Adriano Lucena participou de audiência pública na Câmara Municipal sobre as condições dos edifícios com riscos de desabamento e de incêndio na região central da capital
O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, defendeu o uso dos prédios do Centro do Recife, hoje abandonados, como habitações populares. “Revitalizar o Centro é dar vida aos espaços e trazer a ocupação urbana. Dar vida pela manhã e à noite, com farmácias, hospitais, escolas, creches, moradias com acessibilidade”, afirmou o presidente, que participou, nesta quinta-feira (23), de audiência pública na Câmara Municipal do Recife.
“Condições estruturais, riscos de desabamento e de incêndios das edificações localizadas nas áreas centrais do Recife e a segurança das pessoas”, foi o tema da audiência, promovida pela vereadora Cida Pedrosa (PCdoB). Segundo a vereadora, há leis e projetos de estímulo à moradia no Centro do Recife, além de iniciativas na área de turismo.
Para Lucena, a reocupação do Centro passa por soluções tecnológicas, mas também precisa envolver o debate com a sociedade, sem preconceito. Segundo ele, ao longo do tempo houve omissão por parte do poder público e da sociedade, em relação à situação dos bairros centrais do Recife. O presidente do Crea-PE também defendeu a participação da instituição em uma fiscalização preventiva integrada com outros órgãos e através do programa Crea na Comunidade.
“Precisamos identificar medidas para a preservação do patrimônio que faz parte da nossa história”, afirmou Cida Pedrosa. A vereadora também defendeu uma fiscalização educativa para evitar riscos de desabamento ou incêndio nas áreas centrais do Recife. Para a promotora Belize Câmara, a ocupação é o primeiro passo para dar dinamismo ao centro do Recife.
A audiência pública realizada no Plenarinho da Câmara contou ainda com a participação do Iphan, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Cendhec. No debate, houve intervenções de representantes sindicais do comércio informal, arquitetos, imobiliários, Prefeitura do Recife, e de instituições ligadas à preservação do patrimônio público.