Saneamento é o tema que o Conselho contribuirá com propostas elaboradas pelo seu Comitê Tecnológico Permanente
O Crea Convida foi a primeira live em que o diretor presidente da Compesa, Alex Campos, participou desde a sua posse, há cerca de dois meses. Para ele, o tema proposto: “Os novos desafios da Compesa diante do novo Marco Regulatório do Saneamento” precisa ser debatido publicamente, em busca de um modelo que contemple todos os seus aspectos. “Tem que ser um debate transparente e ganhar espaços como este aqui aberto pelo Crea Pernambuco para que as pessoas conheçam o que a gente está pensando, as etapas de desenvolvimento dessas ações”, observou Campos, destacando que quer abrir um canal com o Crea Pernambuco para evoluir a discussão tecnicamente.
O evento, realizado na última terça-feira (07), contou com o engenheiro civil Antonio Miranda, consultor na área de gestão de serviços de saneamento e integrante do CTP, como debatedor. O diretor presidente da Compesa fez questão de registrar a sua satisfação em “saber que o Crea está nesse nível de debate, nesse nível de discussão. Esse é o debate contributivo, que vai somar os esforços do pensar. Não há nada definido pelo governo, exceto pela decisão já tomada de não colocar à venda o controle acionário da Compesa. Trata-se de um projeto de Estado, e tem que ser definido a todas as mãos.”
O programa teve a abertura do presidente em exercício do Crea-PE, Clóvis Segundo. Ele fez questão de destacar que o Comitê Tecnológico Permanente do Crea vem, nestes últimos três anos, realizando uma forte contribuição ao debate do saneamento em Pernambuco. O próprio CTP já capitaneou dois debates sobre o tema: “A Transposição do São Francisco e a segurança hídrica da região”, e “PPP do Saneamento da Região Metropolitana do Recife”, fora as discussões internas.
Entre suas colocações, Antonio Miranda apresentou a linha de debates do comitê sobre o tema. Por exemplo, a necessidade de que seja acompanhada de perto a modelagem ora em elaboração pelo BNDES para a prestação dos serviços de água e esgoto, e a questão da outorga onerosa, onde é realizada a venda, por um valor à vista, do direito de fazer a operação do serviço, seja de abastecimento de água, ou do esgotamento sanitário do tratamento. “Entendemos que esse modelo na prática retira recursos do saneamento, exceto se usado para custear um fundo estadual de saneamento, que possa dar conta, por exemplo, dos investimentos no saneamento dos aglomerados subnormais e na zona rural”, adiantou Miranda.
Na sua apresentação, Alex Campos mostrou uma realidade de números preocupantes para o País, onde 33 milhões não têm acesso à água e 100 milhões não contam com serviço de coleta e tratamento de esgoto. Pernambuco, infelizmente, enfrenta uma situação ainda mais delicada, já que é o Estado com o pior rodízio do Brasil. “Nós temos 60% da população pernambucana vivendo no rodízio de água”, cravou.
Um tema de grande importância sempre desperta o interesse dos profissionais da engenharia. Não é à toa que o programa, em dois dias, conta com quase 500 visualizações no TV Crea-PE, no YouTube, onde fica gravado. Sem falar em quase 80 mensagens no chat. Na sua exibição, pouco mais de 100 internautas estavam vendo simultaneamente, com uma média acima de 70.
Para acessar o programa e ver todas as contribuições apresentadas pelo Crea-PE e seus profissionais, além das informações repassadas pela Compesa, clique aqui.