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Pioneiros no amor pela Engenharia – A história de profissionais que realizaram o sonho de ser engenheiros

Rodolpho Venceslau foi o primeiro da família a estrear na profissão de engenheiro civil, que hoje toca a própria empresa no setor

O gosto pela matemática e a admiração pelo pai levaram Teodoro Nascimento para a engenharia. A perda precoce do pai, aos 15 anos, o fez considerar a Engenharia Elétrica como carreira, já sua fonte de inspiração era técnico em eletrotécnica. Mas, depois de ser aprovado no vestibular para engenharia, optou pela civil, já que a modalidade trazia o encantamento de ver os projetos concretizados, literalmente.

Surgia aí o primeiro engenheiro civil na família, além do primeiro a ter um diploma universitário. Mesmo sem tradição familiar na engenharia, foi por conta da mãe que conseguiu seu primeiro estágio. “Ela era empregada doméstica na casa de um funcionário de Gerdau e comentou que eu estava cursando engenharia civil e ele se prontificou a avisá-la quando aparecesse vaga para estágio” recorda Nascimento.

Dito e feito. Mesmo a mãe já não trabalhando mais para o funcionário da Gerdau, Eugênio Santos, o ex-patrão avisou sobre as vagas para estagiários. Foi contratado mais pela disposição em aprender e fazer do que pelo conhecimento. A falta de condição financeira da família não o deixaram ter contato com computadores e muito menos cursar inglês, requisitos importantes para a função na empresa.

Aproveitou a oportunidade e mostrou que valeu a pena contratá-lo. Ficou por dois anos como estagiário, até quando não era mais possível renovar o vínculo. A engenharia o levou, quando estava na iniciativa privada, a morar em alguns lugares do Brasil, como Belém (PA) e Cuiabá (MT).

Hoje, tem uma empresa de manutenção predial, uma área em que atuou desde o início da carreira. O exemplo do engenheiro civil passou de pai para filhos apenas na vontade de estudar e cursar uma universidade. Sua mais velha, de 21 anos, tenta a faculdade de medicina, o segundo, de 19, faz direito e o caçula, de 13, não demonstra interesse na área.

Quem também foi engenheiro civil “pioneiro” na sua família foi Rodolpho Venceslau. A afinidade com números o levou para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-PE), onde fez o curso de Técnico em Mecânica. A unidade de Água Fria criou o curso de Técnico em Edificações, que Venceslau também fez. Daí para cursar engenharia civil foi um caminho natural.

“O começo do curso sempre é mais difícil. Precisa abrir a mente para novos conhecimentos e formas de ver as matérias que estudou anteriormente. Depois que entender a dinâmica do estudo, o curso flui melhor”, relembra o engenheiro civil. Ele já saiu da faculdade para o mercado de trabalho.

Estagiava na Construtora Queiroz Galvão e foi contratado ao se formar. Na empresa, ficou até 2016.

A engenharia, não necessariamente a civil, também entrou na sua vida pelo coração. Sua noiva é engenheira de produção. Resta saber se a tradição da engenharia vai passar para os herdeiros, quando estes chegarem.

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