Simpósio realizado em homenagem ao Dia do Engenheiro, com apoio do Crea-PE abordou as ferramentas tecnológicas disponíveis para profissionais e empresas do setor, com o professor Javier Irizarry, dos EUA
Ferramentas tecnológicas como drones e robôs estão cada vez mais presentes nos canteiros de obras nos Estados Unidos, e devem ser utilizadas cada vez mais pelas novas gerações de profissionais da Engenharia. Para o professor Javier Irizarry, titular da Universidade da Georgia Tech, a tecnologia 4.0 está no dia a dia da indústria da construção civil e precisa ser entendida e utilizada do projeto à execução de obras, reduzindo ao mínimo os erros.
Irizarry participou virtualmente como palestrante do simpósio Realidade e Futuro da Construção, nesta quinta-feira (20), no Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), dentro das celebrações do Dia do Engenheiro. O encontro foi promovido pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PE), com apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE).
O presidente do Crea, Adriano Lucena, parabenizou o Sinduscon e a Ademi por trazerem conteúdos importantes, que podem ser aplicados no mercado local. “São tecnologias extremamente modernas, como uso de drones e robôs, e conhecimentos de extrema relevância, não só para o mercado imobiliário, como também para as novas técnicas construtivas e para os projetos”, afirmou.
Para o presidente do Crea, os conhecimentos repassados pelo professor Irizarry foram uma oportunidade de observar que o mercado não está tão distante das novas tecnologias. “Temos que quebrar isso, e a gente só quebra com novos conhecimentos, aprendendo com os erros e consertando os nossos processos construtivos e, acima de tudo, dos projetos, do gerenciamento e das fiscalizações. Foi um grande evento”, concluiu
Para um auditório lotado e atento, o professor falou sobre Construção 4.0: soluções de tecnologia para a construção. Ele apresentou algumas ferramentas que já são utilizadas para o crescimento da indústria da construção. Javier Irizarry citou como exemplos o Digital Twins (gêmeos digitais), os drones e os robôs quadrúpedes que, segundo ele, têm impactos profundos na indústria da construção civil. O professor disse que o setor tem demandado ferramentas que aumentem a eficiência e a produtividade.
De acordo com Javier Irizarry, a indústria da construção civil fez a transição do desenho na prancheta, 1.0, para um modelo digital de informação, o 4.0. Ele defendeu que pessoas e os processos são de fundamental importância. “As pessoas são os recursos mais importantes para a engenharia. Os profissionais precisam estar habilitados com essas ferramentas, que beneficiam as empresas e também a comunidade”, afirmou.
A professora Dayana Bastos, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), uma das debatedoras do painel, disse que a indústria da construção civil local tem utilizado ferramentas tecnológicas avançadas. Segundo ela, uma das experiências em curso é a de uma plataforma digital para inspeção de segurança, com uso de drones, que monitora canteiros de obras ou telhados em grandes áreas, diagnosticando os problemas.
