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12 de outubro: O Crea-PE parabeniza os engenheiros agrônomos de Pernambuco

Nesta quarta-feira, 12 de outubro é comemorado em todo o País, o Dia do Engenheiro Agrônomo. A data faz referência ao decreto-lei sancionado no ano de 1933, pelo então presidente da República Getúlio Vargas, por meio do qual regulamentou a atividade no Brasil. Para prestar homenagem a esses profissionais que compõem o Sistema Confea/Crea e Mútua, o Crea-PE traz nesta matéria depoimentos de engenheiros agrônomos que atuam com dedicação e responsabilidade no nosso estado, garantindo uma vida mais saudável às pessoas.

Reafirmando a importância da Engenharia Agrônoma, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), Adriano Lucena parabeniza os profissionais que trabalham na cidade e no campo executando projetos, realizando pesquisas, se dedicando à biotecnologia e outras áreas importantes para as questões climáticas, ambientais, sociais e técnicas, na produção.

A engenheira Roberta Lima lembra que a escolha da profissão foi uma opção “familiar”. Natural da cidade de Limoeiro, no Interior do Estado, onde a família tinha fazenda, diz que “pegou gosto pelo campo” desde cedo e em 1999, se graduou engenheira pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

“Apesar de sempre ouvirmos dizer que a atividade não dá dinheiro, a agronomia é uma das profissões mais amplas, no que se refere às oportunidades de trabalho. Depois de alguns anos atuando em várias atividades me descobri na minha profissão, por meio da atividade de vendas de inseticidas”, esclarece a engenheira. Ela complementa, dizendo que esse tipo de ocupação está totalmente inserida no campo de atuação, uma vez que, trabalhando numa agroindústria, participa dos processos que envolvem a pesquisa, a fabricação e a aplicação dos fertilizantes.

“Atualmente, a Agronomia é uma profissão ainda mais pungente, na medida em que tem a seu favor todos os benefícios da tecnologia. Temos como exemplo os drones e demais equipamentos capazes de traçar rapidamente um panorama da produção e outros aspectos importantes de serem verificados, principalmente num país como o Brasil, aonde o agronegócio é muito forte”, explicou  Roberta Lima.

Um grande entusiasta da profissão, João Carlos Montenegro, fala com convicção que se tivesse a oportunidade de viver novamente, queria voltar como engenheiro agrônomo. Com orgulho, ele lembra que para se graduar teve que cursar 72 disciplinas e fazer mais 6 meses de pesquisas para apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), obrigatório para os formandos. Falando com visível desapontamento o engenheiro diz que em função da complexidade do curso, muitos não tinham interesse pela área e outros, não conseguiam chegar à conclusão “por isso, diminuíram consideravelmente a grade curricular do curso, excluindo, inclusive, vários períodos da disciplina de cálculo”, lamenta João Carlos.

Interinamente responsável pelo monitoramento da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Pernambuco (AEAPE), junto à Confederação das Federações de Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), João Carlos fala das dificuldades enfrentadas pela associação. Mas garante que além de estar saldando os compromissos financeiros, também conserva a sede da associação, que pode ser usada por qualquer profissional. Quanto aos associados, ele explica que todos são sócios, mas que só têm direito a voto aqueles que pagam as suas anuidades. Com relação à eleição para presidente da entidade, pelo voto direto dos associados, diz que está se esforçando para que aconteça entre janeiro e fevereiro de 2023.

Ainda sobre a profissão, Montenegro faz questão de ressaltar a importância de os profissionais continuarem estudando, se capacitando e conhecendo novas técnicas para se inserir no mercado. Como exemplo, ele cita o agronegócio brasileiro, responsável por produzir alimento para 1,4 bilhão de pessoas, o que equivale a toda a população da China.

Há 32 anos formada, a engenharia agrônoma, Priscila Martinelli, confessou que, na dúvida entre Química e a Agronomia, escolheu a segunda opção por ter um viés humanista. Após a graduação a profissional passou por várias experiências profissionais, como no Banco do Brasil, onde durante 13 anos trabalhou avaliando a viabilidade técnica e econômica para a concessão de crédito rural. Atualmente, Martinelli é concursada do Incra desde 2006 e como servidora federal faz avaliação de áreas improdutivas para, dentro do que estabelece a constituição, torná-las áreas que serão utilizadas pelo programa de Reforma Agrária.

“Adoro o que faço. Acredito na Reforma Agrária e, além de participar do processo de desapropriação, também dou continuidade a um trabalho de assistência técnica, possibilitando que os assentados produzam os alimentos que fazem parte da agricultura familiar, evitando o  êxodo rural, já que é fonte de renda para quem cultiva os alimentos que também movimentam a economia local das cidades circunvizinhas”, explica Priscila Martinelli.

Para o engenheiro agrônomo Geraldo Eugênio, a profissão lhe abriu portas para alçar voos que o levaram a desenvolver diversas atividades em empresas públicas e privadas. Foi nos Estados Unidos que fez doutorado, pós-doutorado e foi professor visitante. Na sua trajetória profissional, teve oportunidade de conhecer o gerenciamento da seca no México, Israel, África do Sul e outros.

Atualmente, o engenheiro é professor na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) no Campus de Serra Talhada. Lá se diz extremamente realizado. “ A universidade tem a função de preparar profissionais para que possam atuar na região tornando-a mais rica e próspera”, afirma.

Eugênio ressaltou ainda o trabalho que desenvolve desde de 2016, como membro do Comitê Tecnológico Permanente (CTP), do Crea-PE, auxiliando os gestores do Conselho e interagindo com os demais membros, em particular, sobre a Agronomia e a vida dos profissionais da área. Vinculado ao Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), desenvolveu pesquisas, além de desempenhar, durante oito anos, atividades técnicas na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília.

Com um vasto currículo, Geraldo Eugênio diz que a Engenharia Agrônoma é uma das mais importantes do País, referindo-se à grande quantidade de alimentos que produzimos para o País e para o mundo. “A Agronomia é uma profissão de elite, que nos permite um futuro ainda mais promissor. Com o que exportamos, arrecadamos dinheiro para pagar muitas contas. Sou muito orgulhoso por ter escolhido essa profissão que é tão necessária e útil para a humanidade”, concluiu orgulhoso o agrônomo.

Depois de 35 anos de formada, a engenheira agrônoma Eline Eaked é a responsável pela gestão da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Como resultados dos seus trabalhos, a pesquisa, a produção e os serviços à sociedade através de análises que são feitas em 13 laboratórios aqui no Recife, sete laboratórios no Interior do Estado, um herbário e uma biofábrica, a engenheira foi também a única mulher selecionada para trabalhar no Programa do Desenvolvimento do Semiárido (Prodesa).

A escolha da profissão, entre outras razões, tem a ver com a humanização das atividades. Eaked explica que o engenheiro agrônomo tem e terá sempre uma importância indiscutível para a sociedade.  “Nós somos responsáveis pela produção e pela qualidade dos alimentos que chegam à mesa. Ninguém se educa ou tem saúde com fome. A profissão é protagonista pelo importante papel que desempenha. Será sempre atual e nunca morrerá pela importância que tem na vida das pessoas”, define Eline Eaked.

Reafirmando a importância da Engenharia Agrônoma, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), Adriano Lucena parabeniza os profissionais que trabalham na cidade e no campo executando projetos, realizando pesquisas, se dedicando à biotecnologia e outras áreas importantes para as questões climáticas, ambientais, sociais e técnicas na produção.

 

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